Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Papa recebe astros de Hollywood no Vaticano e lamenta declínio do público de cinema

15 nov 2025 - 12h08
Compartilhar
Exibir comentários

O papa Leão disse a um grupo de importantes atores e cineastas de Hollywood, em uma audiência no Vaticano neste sábado, que os cinemas estão lutando para sobreviver e que mais deve ser feito para protegê-los e preservar a experiência compartilhada de assistir a filmes.

As estrelas do cinema Cate Blanchett, Monica Bellucci, Chris Pine e o diretor ganhador do Oscar Spike Lee estavam entre os presentes no encontro.

Leão, o primeiro papa dos EUA, disse que o cinema é uma "oficina de esperança" vital em um momento de incerteza global e sobrecarga digital.

"Os cinemas estão sofrendo um declínio preocupante, com muitos sendo removidos de cidades e bairros", disse ele.

"Pessoas estão dizendo que a arte do cinema e a experiência cinematográfica estão em perigo. Peço às instituições que não desistam, mas que cooperem para reafirmar o valor social e cultural dessa atividade."

As receitas de bilheteria em muitos países permanecem bem abaixo dos níveis registrados antes da pandemia da Covid-19, com os multiplexes nos Estados Unidos e no Canadá acabando de sofrer seu pior verão desde 1981, excluindo a paralisação da Covid.

LÓGICA DOS ALGORITMOS

Leão disse que o cinema, que marca seu 130º aniversário este ano, cresceu de um jogo de luz e sombra para uma forma capaz de revelar as questões mais profundas da humanidade.

"O cinema não é apenas imagens em movimento; ele coloca a esperança em movimento", disse ele, acrescentando que entrar em um teatro é "como cruzar um limiar" onde a imaginação se amplia e até mesmo a dor pode encontrar um novo significado.

Uma cultura moldada por estímulos digitais constantes corre o risco de reduzir as histórias ao que os algoritmos preveem que será bem-sucedido, disse ele.

"A lógica dos algoritmos tende a repetir o que funciona, mas a arte amplia o que é possível", disse ele, pedindo aos cineastas que defendam "a lentidão, o silêncio e a diferença" quando eles servem à história.

O papa também incentivou os artistas a enfrentar a violência, a guerra, a pobreza e a solidão com honestidade, dizendo que o bom cinema "não explora a dor; ele a reconhece e a investiga".

Ele elogiou não apenas os diretores e atores, mas a vasta gama de trabalhadores dos bastidores cujo ofício torna os filmes possíveis, chamando a produção cinematográfica de "um esforço coletivo no qual ninguém é autossuficiente".

Ao final de seu discurso, a longa lista de convidados se reuniu com o papa, um a um, muitos oferecendo-lhe presentes, incluindo Spike Lee, que lhe deu uma camisa de basquete do New York Knicks com a inscrição "Papa Leão 14".

Antes da reunião de sábado, o Vaticano compartilhou quatro dos filmes favoritos do papa: o musical familiar "A Noviça Rebelde", de Robert Wise, o bem-humorado "A Vida é Maravilhosa", de Frank Capra, o comovente "Gente Como a Gente", de Robert Redford, e o drama sentimental da Segunda Guerra Mundial "A Vida é Bela", de Roberto Benigni.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade