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Papa admite que 'crise' de abusos no clero não foi resolvida

Pontífice também defendeu presunção de inocência para acusados

18 set 2025 - 10h28
(atualizado às 10h39)
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O papa Leão XIV reconheceu que a "crise" dos abusos sexuais por parte do clero na Igreja Católica ainda não foi resolvida e defendeu a "presunção de inocência" de religiosos acusados.

Papa Leão XIV durante audiência geral no Vaticano
Papa Leão XIV durante audiência geral no Vaticano
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

As declarações foram dadas em entrevista à jornalista Elisa Ann Allen, do portal especializado em catolicismo Crux, para uma biografia de Robert Prevost, "Leão XIV: Cidadão do mundo, missionário do século 21", lançada no Peru, país onde ele atuou durante boa parte da vida.

"Acredito que esta é uma crise real, que a Igreja precisa continuar a abordar porque não está resolvida. Isso levará tempo, porque as vítimas devem ser tratadas com muito respeito e com a compreensão de que aqueles que sofreram feridas profundas por causa de abusos às vezes carregam essas feridas por toda a vida", afirmou o pontífice americano.

Segundo o Papa, esse tema precisa ser tratado com "profundo respeito" e "sensibilidade e compaixão autênticas", mas, ao mesmo tempo, preservando os direitos dos acusados. "As estatísticas mostram que bem mais de 90% das acusações são de vítimas autênticas. Elas estão dizendo a verdade, não estão inventando. Mas também houve casos comprovados de acusação falsa. Houve padres cujas vidas foram destruídas por causa disso", assegurou.

Na entrevista, Leão XIV destacou que o fato de uma vítima ter apresentado uma denúncia não "remove a presunção de inocência". "Os padres também precisam ser protegidos, ou o acusado precisa ser protegido, seus direitos precisam ser respeitados. Mas mesmo dizer isso pode causar ainda mais dor para as vítimas", declarou.

Além disso, o pontífice salientou que a Igreja Católica não pode "focar exclusivamente" no combate aos abusos sexuais, uma vez que tem a missão de "pregar o Evangelho".

"Há muitas outras pessoas na Igreja que também têm o direito de ser acompanhadas em tudo o que estão vivendo e vivenciando, e a Igreja também precisa estar com elas. É mais um dos muitos desafios com os quais estou tentando lidar", disse.

Ansa - Brasil
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