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Oriente Médio

Mais popular que Obama, Michelle conquistou os EUA em 4 anos

5 nov 2012 - 20h17
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Nascida e criada em um bairro negro pobre no sul de Chicago, Michelle Obama se tornou uma das mulheres mais notórias do mundo aos 45 anos, quando seu marido, Barack, se tornou o 44º presidente dos Estados Unidos. Mãe de Malia e Sasha, nos últimos quatro anos tentou conciliar suas funções maternas com aquelas advindas de sua função e alta popularidade, que supera até a do companheiro de 20 anos de casamento.

Michelle Obama é um dos trunfos do marido Barck para um novo mandato
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Foto: AP

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Desde cedo, seus pais a estimularam a se superar e a conquistar a educação que eles não puderam ter. Sua mãe, Marian, era carinhosa, mas também responsável por manter a disciplina de seus filhos. Só permitia que Michelle e seu irmão mais velho, Graig, só assistissem uma hora de televisão por dia. Já o seu pai, Fraser Robinson, era conhecido por ser um homem trabalhador de poucas palavras. Apesar de sofrer de esclerose múltipla, acordava diariamente de madrugada para trabalhar no departamento de serviços hidráulicos da prefeitura de Chicago.

Aplicada aos estudos, a jovem Michelle estudou em duas das mais prestigiadas universidades do país. Cursou Sociologia em Princeton e Direito em Harvard. Nesta última, se envolveu em atividades para aumentar a cota de professores e estudantes negros. Sua tese de doutorado foi sobre o racismo.

Após Harvard, trabalhou em um famoso escritório de advocacia em sua cidade natal. Alguns anos mais tarde, conheceu Barack, que a convidou para um evento comunitário. Em entrevistas, ela diz que pensou que o atual presidente era um homem "realmente diferente, que além de ser simpático e bonito, mostra um compromisso e uma seriedade que não se encontra frequentemente".

Apesar de em um primeiro-momento ter afirmado que chegava à Casa Branca, acima de tudo, como mãe de Malia e Sasha, Michelle sempre foi uma figura popular entre os americanos. Apesar de a aprovação do marido oscilar - o presidente tinha 54% de aprovação de acordo com pesquisa do instituto Gallup divulgada em outubro -, Michelle sempre teve sua aprovação pessoal acima dos 60% desde que seu marido assumiu o cargo. Em janeiro deste ano, de acordo com a Gallup, o índice era de 66%.

Sua alta popularidade fez com que se tornasse o principal rosto de campanhas. Michelle se envolveu diretamente na campanha contra a obesidade infantil "Let's Move!". Além disso, se tornou uma das mulheres mais admiradas do país - é considerada até como ícone moda. Durante os quatro anos como primeira-dama, também foi anfitriã de mais de cem atos, defendeu a candidatura olímpica de Chicago, apoiou as famílias dos militares e buscou o apoio das mulheres à reforma da saúde.

Na corrida para a reeleição de Barack, Michelle se tornou uma figura carimbada em comícios. Na convenção do Partido Democrata que ratificou a candidatura de Obama à reeleição, realizada em Charlotte, na Carolina do Norte, entre os dias 4 e 6 de novembro, Michelle foi uma das estrelas do evento. Com uma defesa aguerrida dos valores do marido, ela foi além da política e fez uma ode honestidade, integridade, dignidade, gratidão e humildade do companheiro. "Barack continua sendo o mesmo homem por quem me apaixonei", disse Michelle, em Charlotte.

Com mais de 2 milhões de seguidores no Twitter e 8,7 milhões em sua página no Facebook, além de um perfil ativo no Pinterest, Michelle também é uma estrela nas redes sociais. Entre mensagens de apoio e pedidos de voto ao marido, ela costuma compartilhar fotos de sua juventude e momentos de sua família na Casa Branca.

No entanto, Michelle já foi alvo de críticas, especialmente por parte dos republicanos. Para o comentarista conservador Bill O'Reilly, a primeira-dama é uma "mulher irascível". Ela também foi acusada de ser "antipatriota" após dizer, em comício às vésperas das eleições de 2008, que pela primeira vez se sentia "orgulhosa" de seu país ao ver seu marido como candidato.

Americanos vão às urnas

Os americanos escolhem nesta terça-feira seu presidente. O atual mandatário, o democrata Barack Obama, disputa a preferência dos eleitores com o republicano Mitt Romney. Diferente do Brasil, as eleições americanas são indiretas. O candidato mais votado em cada Estado leva todos os seus delegados. No fim, o candidato com maior número de delegados - e não de votos - sai vencedor. O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, faz a cobertura completa das eleições presidenciais nos EUA e acompanha a apuração de votos em tempo real.

Fonte: Terra
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