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Oriente Médio

Inspetores da ONU que investigaram ataque na Síria chegam à Holanda

ONU rejeitou sugestões de que a comunidade mundial estava de alguma forma se afastando para permitir ataques aéreos dos EUA contra a Síria

31 ago 2013 - 13h40
(atualizado às 20h37)
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<p>Amostras trazidas pela equipe de inspe&ccedil;&atilde;o de armas qu&iacute;micas da ONU s&atilde;o verificadas ap&oacute;s a sua chegada em Haia, na Holanda</p>
Amostras trazidas pela equipe de inspeção de armas químicas da ONU são verificadas após a sua chegada em Haia, na Holanda
Foto: AP

O avião com os inspetores da ONU que coletaram amostras e evidências relacionadas a um possível ataque com armas químicas na Síria chegou ao aeroporto de Rotterdam na Holanda neste sábado, disse um porta-voz do aeroporto.

Um porta-voz da Organização para Proibição de Armas Químicas disse que os inspetores iriam retornar à sede do órgão em Haia, e que as amostras que eles levaram serão distribuídas entre diversos laboratórios para testes. "As evidências coletadas pela equipe vão passar pela análise do laboratório e avaliações técnicas de acordo com os procedimentos e padrões estabelecidos e reconhecidos", disse a organização em um comunicado. "Esses procedimentos podem demorar até três semanas."

Os especialistas deixaram Beirute, no Líbano, neste sábado em um avião fornecido pelo governo alemão, informou o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha.

A ONU prometeu fazer uma avaliação "imparcial e de credibilidade" sobre o uso de armas químicas na Síria, declarou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky. Além disso, Nesirky observou que não é possível tirar conclusões sobre o uso de armas químicas até que os testes de laboratório sejam concluídos. Por isso, haverá um relatório preliminar sobre o assunto.

Nesirky disse também que não pode estabelecer um calendário para a conclusão do relatório dos inspetores. "Não podemos estabelecer um calendário", afirmou o porta-voz.

A ONU rejeitou sugestões de que a comunidade mundial estava de alguma forma se afastando para permitir ataques aéreos dos EUA contra a Síria, dizendo que continuará com seu trabalho humanitário no país devastado pelo conflito. 

Guerra civil em fotos
AFP

O Terra compilou alguns dos principais materiais fotográficos disponibilizados ao longo destes mais de dois anos de guerra na Síria. Cada imagem leva a uma galeria que conta um episódio específico ou remete a uma situação importante do conflito.

"Eu tenho visto todos os tipos de relatórios sugerindo que a partida da equipe de inspeção de armas químicas de alguma forma abre uma janela para uma ação militar de algum tipo", disse Nesirky a repórteres. "Francamente, isso é grotesco, e também é uma afronta à equipe de mais de mil pessoas, funcionários da ONU, que estão em solo sírio para prestar ajuda humanitária e que continuarão a entregar ajuda", disse ele.

Nesirky também respondeu a comentários do Secretário de Estado do EUA, John Kerry, de que os especialistas em armas químicas da ONU não poderiam fornecer quaisquer informações que os Estados Unidos, que acusam o presidente sírio Bashar al-Assad pelo ataque da semana passada, já não tivessem.

"A missão das Nações Unidas é excepcionalmente capaz de estabelecer de forma imparcial e crível os fatos de qualquer uso de armas químicas baseadas diretamente em provas recolhidas no chão", disse ele. O governo de Assad, assim como a Rússia, acusa os rebeldes pelo suposto ataque com armas químicas na semana passada.

Com informações de agências internacionais.

Fonte: Terra
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