Netanyahu aprova cessar-fogo em Gaza e israelenses comemoram
Governo de Israel e grupo terrorista Hamas concordaram em libertar reféns israelenses e prisioneiros palestinos
Centenas de pessoas se reuniram nesta quinta-feira, 9, em Tel Aviv, em Israel, para celebrar a aprovação do acordo que prevê o início de um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. A concentração ocorreu na chamada Praça dos Reféns, onde manifestantes pediram a libertação imediata de todos os sequestrados.
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A decisão foi confirmada após uma reunião de ministros liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. De acordo com a porta-voz Shosh Bedrosian, o cessar-fogo deve entrar em vigor em até 24 horas.
Pelos termos do entendimento, o Hamas terá três dias para libertar os reféns. Em contrapartida, o Exército israelense iniciará uma retirada parcial das tropas, recuando para uma linha estratégica que ainda não foi revelada.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os militares já começaram a se preparar para o redeslocamento, que deixará Israel com o controle de pouco mais da metade da Faixa de Gaza. Após essa movimentação, deve-se iniciar a entrega dos reféns ao governo israelense.
A libertação
O chefe da equipe de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou nesta quinta ter recebido garantias dos Estados Unidos sobre a primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel: o que significa, segundo ele, que a guerra em Gaza "terminou permanentemente". As informações são do jornal Al Jazeera.
“Recebemos garantias dos mediadores fraternais e da administração dos EUA, que confirmaram que a guerra acabou permanentemente”, disse Khalil al-Hayya. Ainda segundo ele, 250 palestinos que cumprem sentenças perpétua em prisões israelenses serão libertados. A medida faz parte do acordo de cessar-fogo.
O Plano de Paz em Gaza foi revelado na noite de quarta-feira, 8, pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. "Tenho muito orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz. Isso significa que TODOS os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como os primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna", escreveu, em suas redes sociais.
Em paralelo, o Hamas também confirmou a existência do acordo. "Apreciamos profundamente os esforços dos nossos irmãos mediadores no Catar, Egito e Turquia. Também valorizamos os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, que busca o fim definitivo da guerra e a retirada completa da ocupação da Faixa de Gaza", escreveram em nota. O grupo ainda apelou para mediadores norte-americanos e árabes para que "obriguem" Israel a cumprir o acordo.