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Mundo

MP da Itália recorre contra libertação de capitã alemã

Carola Rackete havia sido presa em caso envolvendo migrantes

17 jul 2019 - 14h19
(atualizado às 14h25)
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O Ministério Público de Agrigento, no sul da Itália, entrou com um recurso na Corte de Cassação, instância máxima da Justiça do país, contra a libertação da capitã alemã Carola Rackete, que havia sido presa por forçar a entrada de um navio com 40 migrantes no porto de Lampedusa.

Protesto em Paris, capital da França, em defesa da capitã alemã Carola Rackete
Protesto em Paris, capital da França, em defesa da capitã alemã Carola Rackete
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Rackete havia sido colocada em prisão domiciliar a pedido do MP de Agrigento, que a acusa de cometer "violência contra navio de guerra" ao colidir a embarcação da ONG alemã Sea Watch com um barco de patrulha da Guarda de Finanças.

A juíza Alessandra Vella, no entanto, entendeu que Rackete não tinha outra alternativa para atracar a não ser Lampedusa, já que Líbia e Tunísia não podem ser consideradas portos seguros para migrantes resgatados no mar.

Além disso, Vella refutou o crime de "violência contra navio de guerra", passível de penas de até 10 anos de prisão, já que o barco de patrulha da Guarda de Finanças não pode ser enquadrado nessa definição. A juíza ainda argumentou que Rackete agiu para "cumprir um dever".

Segundo o MP de Agrigento, contudo, os migrantes resgatados pela Sea Watch estavam "em segurança" e recebiam "máxima assistência das autoridades" - normas internacionais determinam que um resgate de náufragos no mar só é concluído com o desembarque em um local seguro.

Rackete ainda é investigada por favorecimento à imigração clandestina e será interrogada pelos procuradores nesta quinta-feira (18). A decisão final sobre sua liberdade caberá à Corte de Cassação, que não tem prazo para se pronunciar.

Ansa - Brasil   
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