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Ministro da Índia defende posição do Dalai Lama sobre sucessor e contradiz China

4 jul 2025 - 11h14
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Um ministro do governo da Índia disse que somente o Dalai Lama e a organização que ele criou têm autoridade para identificar seu sucessor como líder espiritual do budismo tibetano, em um raro comentário que contradiz a posição de longa data da China.

O Dalai Lama, que fugiu para a Índia em 1959 após um levante fracassado contra o domínio chinês, disse na quarta-feira que, após sua morte, ele reencarnará como o próximo líder espiritual e que somente o Gaden Phodrang Trust será capaz de identificar seu sucessor. Ele disse anteriormente que a pessoa nasceria fora da China.

Pequim afirma que tem o direito de aprovar o sucessor do Dalai Lama como um legado dos tempos imperiais.

Kiren Rijiju, ministro de Assuntos Parlamentares e de Minorias da Índia, fez uma rara declaração sobre o assunto na quinta-feira, antes de visitar a base do Dalai Lama na cidade de Dharamshala, no norte da Índia, para o 90º aniversário do líder religioso no domingo.

"Ninguém tem o direito de interferir ou decidir quem será o sucessor de Sua Santidade, o Dalai Lama", disse Rijiju a repórteres, segundo a mídia indiana.

"Somente ele ou sua instituição tem a autoridade para tomar essa decisão. Seus seguidores acreditam profundamente nisso. É importante para os discípulos de todo o mundo que ele decida sua sucessão."

Rijiju, um budista praticante, será acompanhado por outras autoridades indianas nas comemorações de aniversário.

Em resposta às falas, o Ministério das Relações Exteriores da China advertiu a Índia na sexta-feira contra a interferência em seus assuntos internos às custas das relações bilaterais, pedindo que o país seja prudente em suas palavras e ações.

"Esperamos que o lado indiano compreenda plenamente a natureza altamente sensível das questões relacionadas ao Tibete e reconheça a natureza separatista anti-China do 14º Dalai Lama", disse a porta-voz Mao Ning em uma coletiva de imprensa regular.

Em uma declaração emitida nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que o país não toma nenhuma posição ou fala sobre questões relativas a crenças e práticas de fé e religião.

"O governo sempre defendeu a liberdade de religião para todos na Índia e continuará a fazê-lo", disse o porta-voz do ministério, Randhir Jaiswal, no comunicado.

Estima-se que a Índia seja o lar de dezenas de milhares de budistas tibetanos que têm liberdade para estudar e trabalhar no país. Muitos indianos reverenciam o Dalai Lama, e especialistas em relações internacionais dizem que sua presença na Índia dá a Nova Délhi uma medida de influência sobre a China.

As relações entre a Índia e a China se deterioraram após um confronto mortal na fronteira em 2020, mas agora estão melhorando lentamente.

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