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Mundo

Medicamento previne tipo de coronavírus em macacos e aumenta esperanças para testes na China

13 fev 2020 - 20h49
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Um medicamento antiviral experimental da Gilead Sciences preveniu a doença e reduziu a gravidade dos sintomas em macacos infectados com a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers), uma infecção similar ao novo coronavírus que se originou na China e se espalha rapidamente pelo país e pelo mundo, concluiu um estudo publicado na quinta-feira. 

06/02/2020
China Daily via REUTERS
06/02/2020 China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

Os resultados, reportados no jornal "Proceedings of the National Academy of Sciences", aumentam as esperanças de que a droga, chamada remdesivir, e que passa atualmente por testes clínicos na China, possa ser eficiente contra o novo vírus que infectou cerca de 60 mil pessoas no mundo todo, matando mais de 1.300, quase toldas na China. 

O remdesivir, no entanto, já havia se mostrado eficiente na proteção de macacos infectados com o vírus Ebola, mas o mesmo não foi verificado em seres humanos. 

"Ele não foi bem-sucedido com o Ebola, mas há indícios de que possa ter sucesso contra os coronavírus", disse o dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional para Alergias e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (Niaid), em entrevista recente. 

Cientistas do instituo testaram o remdesivir em macacos 24 horas antes da infecção com o vírus da Mers e em outros macacos 12 horas antes da infecção --o intervalo de tempo em macacos quando o vírus está no auge da atividade. 

Os resultados foram comparados com os de macacos não tratados em um grupo de controle. Após seis dias, todos os animais não tratados adoeceu. 

Nos macacos tratados antes da infecção, o remédio pareceu prevenir a doença. Animais nesse grupo não mostraram sinais de infecção, tinham níveis significativamente mais baixos do vírus e não apresentaram danos pulmonares.

Os tratados após a infecção também desempenharam melhor que o grupo de controle e apresentaram quadros menos graves, níveis menores do vírus nos pulmões e menos danos pulmonares severos, concluíram os cientistas. 

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