PUBLICIDADE

Mundo

May consegue garantias da UE sobre Brexit na véspera de votação crucial

11 mar 2019 - 21h29
Compartilhar
Exibir comentários

A primeira-ministra britânica, Theresa May, conseguiu garantias legalmente vinculantes sobre o Brexit da União Europeia nesta segunda-feira, em uma tentativa de última hora de conquistar o apoio dos parlamentares britânicos que têm ameaçado rejeitar seu acordo de retirada mais uma vez.

Manifestantes pró-Brexit protestam perto da residência oficial da primeira-ministra, Theresa May
09/03/2019
REUTERS/Henry Nicholls
Manifestantes pró-Brexit protestam perto da residência oficial da primeira-ministra, Theresa May 09/03/2019 REUTERS/Henry Nicholls
Foto: Reuters

Lutando para traçar uma saída ordenada do labirinto do Brexit apenas dias antes de 29 de março, quando o Reino Unido deve deixar a União Europeia, May correu para Estrasburgo para conseguir garantias adicionais do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Defensores do Brexit dentro partido de May a acusam de se render à União Europeia e não ficou claro se as novas garantias serão suficientes para conquistar o apoio dos 116 parlamentares adicionais que ela precisa para reverter a derrota sofrida por seu acordo no dia 15 de janeiro.

"Hoje garantimos mudanças legais", disse May em entrevista coletiva em Estrasburgo, ao lado de Juncker, exatamente 17 dias antes de o Reino Unido deixar a UE.

"Agora é o momento de nos unirmos para apoiar este acordo melhorado do Brexit e cumprir as instruções do povo britânico", disse May.

May anunciou três documentos --um instrumento conjunto, um comunicado conjunto e uma declaração unilateral-- que, segundo ela, tinham como objetivo abordar a parte mais contenciosa do acordo de divórcio que ela acertou em novembro, o chamado mecanismo "backstop".

O "backstop" é uma política de garantia que visa evitar a imposição de controles na sensível fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Irlanda, embora alguns parlamentares britânicos temam que isso poderia amarrar o Reino Unido na órbita da UE indefinidamente.

A tortuosa crise sobre a filiação do Reino Unido à UE está chegando ao final com uma extraordinária gama de desfechos ainda possíveis, incluindo um adiamento da saída, um acordo de última hora, um Brexit sem acordo, uma eleição antecipada e a realização de um novo referendo. O país escolheu deixar o bloco em um plebiscito realizado em 2016.

Em janeiro, o Parlamento britânico rejeitou o acordo de retirada de May por 230 votos, na pior derrota de um governo na história britânica moderna.

May prometeu aos parlamentares uma nova votação sobre seu acordo na terça-feira. Se perder essa votação, a premiê disse que os parlamentares votarão na quarta-feira sobre se querem deixar o bloco sem um acordo. Se também rejeitarem essa possibilidade, poderão votar sobre se querem solicitar um adiamento limitado do Brexit.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade