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Mundo

Mais 300 civis afegãos desembarcam na Itália

País europeu evacuou mais de 600 pessoas de Cabul nesta semana

20 ago 2021 - 07h55
(atualizado às 08h07)
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Mais dois voos com um total de 297 afegãos aterrissaram na Itália nesta sexta-feira (20), dando continuidade à evacuação de colaboradores da missão do país no Afeganistão e de seus familiares.

Desembarque de afegãos em Fiumicino, na Itália, em 18 de agosto
Desembarque de afegãos em Fiumicino, na Itália, em 18 de agosto
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O primeiro, um KC-767 da Aeronáutica Militar, chegou pouco depois da meia-noite no Aeroporto Leonardo da Vinci, em Fiumicino, nos arredores de Roma, com 194 passageiros a bordo.

Já o segundo avião, fretado pela ONG italiana Nove, pousou durante a manhã com 103 afegãos.

Com isso, mais de 600 civis do Afeganistão já chegaram à Itália desde a tomada do poder pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã, no último fim de semana. Todos os passageiros foram submetidos a controles sanitários anti-Covid após o desembarque em Fiumicino.

A operação de evacuação coordenada pela Força Aérea italiana envolve 12 aeronaves e 1,5 mil militares. Os afegãos são levados de Cabul, capital do Afeganistão, para o Kuwait em aviões C-130 da Aeronáutica e depois viajam até Roma em Boeings KC-767, que têm maior capacidade.

Além dos mais de 600 afegãos que já chegaram à Itália, outros 103 já foram removidos de Cabul com direção ao Kuwait. "Nosso objetivo é manter a ponte aérea aberta", afirmou na última quinta-feira (19) o cônsul italiano Tommaso Claudi, que ficou na capital do Afeganistão para coordenar a evacuação.

As Forças Armadas italianas mantiveram até junho passado uma base militar em Herat, como parte da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no país asiático.

A retirada das tropas ocidentais, no entanto, permitiu o rápido avanço do Talibã, que havia sido destituído pela invasão americana em 2001 e reconquistou o país no último fim de semana, quase sem enfrentar resistência.

Desde junho, quando a Itália entregou sua base militar em Herat, cerca de 800 afegãos já foram transferidos para o país europeu, sobretudo ex-colaboradores e seus familiares.

Ansa - Brasil   
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