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Líder de Mianmar faltará à Assembleia Geral da ONU para tratar de crise dos rohingyas

13 set 2017 - 08h58
(atualizado às 09h19)
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A líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, alvo de críticas devido aos episódios de violência que obrigaram cerca de 400 mil muçulmanos rohingyas a fugirem para Bangladesh, não participará da próxima Assembleia Geral da ONU por causa da crise no país, informou seu gabinete nesta quarta-feira.

Líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, durante coletiva de imprensa, em Naypyitaw 06/09/2017 REUTERS/Soe Zeya Tun
Líder de Mianmar, Aung San Suu Kyi, durante coletiva de imprensa, em Naypyitaw 06/09/2017 REUTERS/Soe Zeya Tun
Foto: Reuters

O êxodo de refugiados, desencadeado pela reação contundente das forças de segurança a uma série de ataques de militantes rohingyas, é a questão mais complicada enfrentada por Suu Kyi desde que assumiu como líder da nação no ano passado.

Críticos pediram que ela perca o prêmio Nobel da Paz por não fazer mais para deter o que a agência de direitos humanos da ONU classificou como "um exemplo didático de limpeza étnica".

As agências de assistência terão que intensificar as operações "em grande escala" para reagir ao fluxo de refugiados para Bangladesh, disse uma autoridade de alto escalão da ONU, acrescentando que os 77 milhões de dólares que a entidade solicitou na semana passada não bastarão.

Mas um funcionário de segurança de fronteira de Bangladesh disse que o número de pessoas cruzando para a área em que está diminuiu sensivelmente, aparentemente porque todas deixaram os distritos mais afetados pela violência.

Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral da ONU como líder em setembro de 2016, Suu Kyi defendeu os esforços de seu governo para resolver a crise decorrente do tratamento dado à minoria muçulmana.

Neste ano seu escritório disse que ela não comparecerá à reunião por causa das ameaças de segurança representadas pelos insurgentes e de seus esforços para restaurar a estabilidade.

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