Justiça determina retorno aos EUA de imigrante salvadorenho deportado por engano
Casa Branca reconheceu que a expulsão foi um 'erro administrativo', mas advertiu que o estrangeiro 'não retornará' e o acusou de terrorismo
A Justiça dos Estados Unidos determinou neste sábado, 5, que o governo Donald Trump leve de volta ao país Kilmar Abrego Garcia, imigrante legal deportado por engano em março a El Salvador. A juíza Paula Xinis, do estado de Maryland, ordenou que o salvadorenho fosse levado de volta até a próxima segunda-feira, 7.
A Casa Branca reconheceu esta semana que a deportação foi um "erro administrativo", mas advertiu que o imigrante "não retornará" e o acusou de ser membro da gangue MS-13, declarada por Washington uma organização terrorista global. Paula classificou a deportação com um ato ilegal e pressionou o advogado Erez Reuveni, do Departamento de Justiça, por respostas.
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A esposa de Garcia teme pela vida do marido, agora preso em seu país de origem. "Eu vi notícias daquela prisão", disse Jennifer à rede de notícias CBS News. "Eu sei que eles levam criminosos para lá. Meu marido não é um criminoso."
Garcia foi preso pelos agentes de imigração em 12 de março, enquanto dirigia com seu filho de 5 anos. Ao saber da prisão, a mulher afirmou que correu para o local, onde foi informada de que a situação do marido havia mudado.
Nos dias seguintes, Garcia foi transferido para diferentes centros de detenção e, durante a última ligação entre os dois, o homem disse que, se não voltasse a ligar, é porque havia sido deportado e preso em El Salvador. "Ele nunca ligou", lamentou a mulher. "Eu esperei e esperei. Ele nunca fez aquela ligação."