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Itália mantém missão no Iraque, mas transfere militares

País integra operação da OTAN para treinar forças iraquianas

7 jan 2020 - 15h15
(atualizado às 16h23)
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O Estado-Maior das Forças Armadas da Itália confirmou nesta terça-feira (7) a continuação de sua missão no Iraque, mas disse que a coalizão internacional que opera no país planeja um "deslocamento parcial" de seus militares alocados em Bagdá.

Ministro da Defesa Lorenzo Guerini visita militares italianos no Iraque, em 24 de dezembro
Ministro da Defesa Lorenzo Guerini visita militares italianos no Iraque, em 24 de dezembro
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

O anúncio chega após o jornal La Stampa ter publicado que soldados italianos haviam deixado na última madrugada a base americana na capital do Iraque, alvo há dois dias de disparos de morteiros feitos por milícias pró-Irã.

Cerca de 50 policiais militares italianos participam de atividades de treinamento das forças de segurança iraquianas no âmbito de uma missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). "Isso não representa uma interrupção da missão e dos compromissos assumidos pela Itália com seus parceiros internacionais", disse o Estado-Maior das Forças Armadas.

Segundo o comando militar italiano, a decisão sobre o deslocamento foi tomada no âmbito da "coalizão internacional". "Não há nenhuma hipótese de retirar os militares italianos do Iraque", ressaltou o Ministério da Defesa.

Países como Alemanha, Croácia e Canadá transferiram seus soldados temporariamente para o Kuwait. Além disso, fontes oficiais da OTAN informaram que a organização retirará, também de forma provisória, parte de seu pessoal no Iraque.

"Estamos prontos a continuar os treinamentos e a potencialização das capacidades [das forças iraquianas] quando a situação permitir", disse a fonte. A tensão no país explodiu no fim da semana passada, com a morte do general iraniano Qassem Soleimani em um bombardeio americano em Bagdá.

Acusado de promover o terrorismo pelos EUA, Soleimani era um herói nacional no Irã e o segundo homem mais poderoso do país, atrás apenas do aiatolá Ali Khamenei.

Ansa - Brasil   
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