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Israel rebate relatório sobre fome: 'Mentira descarada'

Gabinete de Netanyahu disse que país atua para prevenir carestia

22 ago 2025 - 12h54
(atualizado às 14h04)
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O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, definiu como "mentira descarada" o relatório de um sistema ligado à ONU que declara o estado de fome na Faixa de Gaza e culpa o país judeu pela carestia no enclave palestino.

Palestinos fogem da Cidade de Gaza após ordem de evacuação emitida por Israel
Palestinos fogem da Cidade de Gaza após ordem de evacuação emitida por Israel
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

"Israel não tem uma política de fome, Israel tem uma política de prevenir a fome", disse o gabinete do primeiro-ministro em uma publicação no X.

O posicionamento chega após um relatório da Classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC), sistema global de monitoramento da fome apoiado pela ONU, declarar oficialmente o "estado de carestia" no enclave palestino por conta do bloqueio à entrada de ajuda por Israel.

O documento diz que as vidas de 132 mil crianças com menos de cinco anos estão em risco e que 55,5 mil mulheres grávidas ou lactantes estão em condições de má nutrição, enquanto pelo menos 500 mil pessoas enfrentam "condições catastróficas caracterizadas pela fome".

"O relatório do IPC é uma mentira descarada. Desde o início da guerra, Israel permitiu que 2 milhões de toneladas de ajuda entrassem na Faixa de Gaza, mais de uma tonelada de ajuda por pessoa", rebateu o gabinete de Netanyahu.

"Como os relatórios anteriores do IPC, este ignora os esforços humanitários de Israel e o roubo sistemático do Hamas para financiar sua máquina de guerra", ressaltou o escritório do premiê.

A ONU, no entanto, pensa diferente. Segundo o subsecretário das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Tom Fletcher, a fome é "abertamente promovida por alguns líderes israelenses como arma de guerra".

Já o alto comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, declarou que utilizar a fome como "meio de pressão" é um "crime de guerra", e as mortes em função de uma carestia provocada deliberadamente podem ser entendidas como "homicídios dolosos".

De acordo com ele, isso é "resultado direto das ações tomadas pelo governo israelense", que "limitou ilegalmente a entrada e a distribuição de ajudas humanitárias na Faixa de Gaza".

Ansa - Brasil
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