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Mundo

Igreja livra ex-auxiliar de João Paulo II de denúncia de abusos

Cardeal Dziwisz era acusado por documentário de acobertar crimes

22 abr 2022 - 09h22
(atualizado às 09h34)
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A Nunciatura da Polônia informou nesta sexta-feira (22) que o Vaticano livrou o ex-secretário pessoal do papa João Paulo II, cardeal Stanislaw Dziwisz, das acusações de acobertar abusos sexuais cometidos por padres poloneses e de ignorar os apelos e os relatos das vítimas.

Cardeal Dziwisz havia sido acusado de acobertar abusos
Cardeal Dziwisz havia sido acusado de acobertar abusos
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O caso foi analisado pelo enviado da Santa Sé ao país, cardeal Angelo Bagnasco, arcebispo emérito de Gênova, em documentação recolhida durante a sua visita ocorrida nos dias 17 a 26 de junho de 2021.

A missão era "verificar algumas questões ligadas às atividades do cardeal Stanislaw Dziwisz durante o seu ministério na qualidade de arcebispo metropolitano de Cracóvia (2005-2016)".

"A análise da documentação permitiu avaliar essas atividades do cardeal Dziwisz como corretas e, portanto, a Santa Sé estabeleceu não proceder além disso", ressaltou o comunicado oficial.

O Vaticano também havia instituído uma comissão para esclarecer denúncias de vítimas de padres e membros do clero do país, mas os resultados não foram anunciados.

O caso começou a atingir o histórico secretário de Karol Wojtyla em 2020, quando um documentário sobre pedofilia na igreja local teve ampla repercussão no país. Dziwisz foi acusado de acobertar as denúncias durante os anos que liderou uma das maiores dioceses do país. À época, o cardeal afirmou que o documentário só manifestava "calúnias" contra ele.

"Exprimo a minha gratidão a todos aqueles que contribuíram para responder de maneira responsável sobre as acusações levantadas contra mim durante o meu ofício como arcebispo de Cracóvia durante os anos de 2005-2016. O cardeal Angelo Bagnasco, na qualidade de representante da Santa Sé, durante sua visita à Polônia em junho de 2021, se ocupou de esclarecer as acusações, que para mim eram imerecidas e dolorosas", disse Dziwisz em um comunicado à imprensa.

O cardeal afirmou que está feliz com o anúncio da Nunciatura e disse que espera que os resultados "levem de volta a serenidade para todos aqueles que se sentiram ofendidos pelas acusações feitas contra mim".

"Sou muito grato à Santa Sé por uma análise justa sobre o caso. Garanto a todos a minha lembrança nas orações", finalizou. .

Ansa - Brasil   
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