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Idosa morta causa comoção e revela barbárie da guerra

Moradora de cidade próxima a Kiev morreu em bombardeio russo enquanto cortava lenha

11 mar 2022 - 09h48
(atualizado às 13h10)
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Barricadas na cidade de Odessa
Barricadas na cidade de Odessa
Foto: Iryna Nazarchuk

Uma das características de uma guerra na era digital é a divulgação frequente de imagens que revelam a sua barbárie. Alguns registros, porém, acabam se tornando um símbolo da estupidez de um conflito como o que é travado entre Rússia e Ucrânia, que já causou a morte de ao menos 516 civis. É o caso de fotos tiradas na cidade de Hoholiv, próximo a capital Kiev, que mostram uma senhora de idade, morta em um bombardeio enquanto cortava lenha no quintal de casa.

Segundo a agência Reuters, testemunhas afirmam que o vilarejo está sendo atacada de forma intermitente a cada duas horas, com artilharia pesada e até uso de morteiros.

Idosa é encontrada morta na cidade ucraniana de Hoholiv
Idosa é encontrada morta na cidade ucraniana de Hoholiv
Foto: Justin Yau/Sipa USA / Reuters

O repórter Andre Liohn, do jornal Folha de S. Paulo, esteve em Hoholiv e também flagrou a cena. Em seu relato para a publicação, ele afirmou que galhos finos ao redor do cadáver, bem como um pequeno machado, indicam qual foi a última tarefa da idosa em vida.

Valas comuns em Mariupol

Outra região castigada pela guerra é Mariupol. O vice-prefeito da cidade, Serhiy Orlov, informou que mais de 1,2 mil corpos foram retirados das ruas e começaram a ser enterrados em valas comuns.

Diversos trabalhadores locais cavaram uma vala de cerca de 25 metros de comprimento em um antigo cemitério do município e empurraram os corpos, que estavam envoltos em sacos plásticos, lençóis ou tapetes.

De acordo com as autoridades locais, mais de mil pessoas faleceram em Mariupol em nove dias. No entanto, as pessoas enterradas nas valas não foram mortas somente em função da guerra, mas também por doenças ou causas naturais.

Os mortos são colocados nas valas sem muita cerimônia, principalmente por ser muito perigoso para os trabalhadores. Alguns mísseis russos já atingiram o cemitério nesta semana e interromperam os enterros.

Mais de 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 11. A Polônia tem sido o principal destino de quem foge da guerra.

* Com informações da Folha de S. Paulo, Reuters e Ansa

Fonte: Redação Terra
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