Harvard admite que recebeu doações de Epstein
Universidade ganhou US$ 9 milhões em uma década do financista
A Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, admitiu nesta quinta-feira (12) ter recebido cerca de US$ 9 milhões do empresário Jeffrey Esptein e de suas fundações por um período de 10 anos, que terminou em 2007.
O presidente da prestigiada universidade, Larry Bacow, afirmou em uma carta à comunidade universitária que Harvard irá estender a investigação de seus vínculos com o financista para determinar se Epstein também ajudou a instituição a obter doações de outras pessoas.
"O comportamento de Epstein, não apenas em Harvard, mas em outros lugares, levanta questões significativas sobre como instituições como a nossa revisão e doadores veterinários. Os crimes de Jeffrey Epstein foram repulsivos e repreensíveis.
Bacow também acrescentou que a universidade recusou uma nova doação de Epstein após sua condenação em 2008 por acusações de prostituição. A partir daí, Harvard não recebeu mais dinheiro do empresário norte-americano.
Epstein foi denunciado em Nova York por ter cometido abusos contra meninas de 14 anos e de organizar uma rede de exploração sexual de menores. No entanto, o financista foi encontrado morto enforcado com um lençol em sua cela, onde aguarda julgamento por acusações de tráfico sexual. Ele estava preso desde o dia 8 de julho.
O homem, de 66 anos, era uma das figuras mais conhecidas do país e tinha uma rede poderosa de amigos. Entre eles, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o antigo mandatário Bill Clinton, além de membros da família real britânica, como o príncipe Andrew.