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Hamas solta reféns em Gaza na 1ª fase de acordo com Israel

A entrega marca o início da primeira fase do plano dos EUA para acabar com a guerra em Gaza, que deixou mais de 60 mil mortos.

13 out 2025 - 03h53
(atualizado às 07h28)
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Resumo
Hamas libertou 20 reféns em Gaza como parte de um acordo mediado pelos EUA com Israel para encerrar a guerra, que deixou mais de 60 mil mortos, enquanto negociações de paz e ajuda humanitária avançam na região.
Dezenas de pessoas em Israel aguardavam ansiosamente a libertação dos reféns pelo Hamas na segunda-feira
Dezenas de pessoas em Israel aguardavam ansiosamente a libertação dos reféns pelo Hamas na segunda-feira
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O grupo palestino Hamas libertou na manhã desta segunda-feira (13/10) o primeiro grupo de sete reféns que mantinha presos desde a incursão em 7 de outubro de 2023, segundo informação das Forças de Defesa de Israel (FDI).

Em seguida, o Hamas e a imprensa israelense afirmaram que um segundo grupo de 13 reféns foi entregue à Cruz Vermelha no sul de Gaza e está a caminho de Israel — totalizando 20 reféns soltos, se confirmada essa informação.

"De acordo com informações fornecidas pela Cruz Vermelha, sete reféns foram transferidos para sua custódia e estão a caminho das Forças de Defesa de Israel e da Agência de Segurança de Israel na Faixa de Gaza", disse o primeiro comunicado da FDI.

"As FDI estão preparadas para receber mais reféns, que devem ser transferidos para a Cruz Vermelha posteriormente."

A informação também foi confirmada por porta-vozes da Cruz Vermelha e do Hamas à BBC.

A libertação dos reféns faz parte do plano elaborado pelos EUA para encerrar a guerra em Gaza. Os corpos dos reféns falecidos — que seriam 28 no total — serão entregues posteriormente, disse o Hamas.

Em troca dos reféns, Israel libertará 250 prisioneiros palestinos e mais de 1,7 mil detidos.

Pessoas em Israel comemoram a libertação dos reféns
Pessoas em Israel comemoram a libertação dos reféns
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

No ataque armado do Hamas, ocorrido no último dia 7 de outubro, cerca de 1,2 mil pessoas morreram e 251 foram feitas reféns.

Estima-se que 48 desses reféns ainda estavam nas mãos do Hamas, embora apenas 20 continuassem vivos.

A resposta de Israel a essa incursão deixou, em dois anos de conflito, mais de 60 mil mortos, muitos deles crianças e mulheres, e foi classificada por uma agência externa da ONU e outras entidades como "um genocídio".

Os primeiros a comemorar a notícia da libertação em Israel foram os familiares dos reféns.

Após 738 dias agonizantes de cativeiro, Omri Miran, Matan Angrest, Ziv Berman, Gali Berman, Guy Gilboa-Dalal, Alon Ohel e Eitan Mor voltam para nós, para o abraço de suas famílias, que trabalharam incansavelmente pela sua libertação, de seus amigos e de toda uma nação que acreditou e lutou para que este dia chegasse.

E acrescentaram: "Nossa luta não terminou. Ela não terminará até que o último refém seja localizado e devolvido para receber um enterro digno. Essa é nossa obrigação moral. Só então o povo de Israel estará completo".

Uma nota manuscrita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara Netanyahu faz parte de um kit entregue aos reféns recém-libertados quando eles chegarem de volta a Israel.

"Em nome de todo o povo de Israel, bem-vindo de volta!", diz a nota.

"Estávamos esperando por vocês, lhe damos as boas-vindas. Sara e Benjamin Netanyahu."

O kit também inclui roupas, um laptop, um celular e um tablet.

Uma nota manuscrita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara Netanyahu faz parte de um kit entregue aos reféns recém-libertados quando eles chegarem de volta a Israel
Uma nota manuscrita do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara Netanyahu faz parte de um kit entregue aos reféns recém-libertados quando eles chegarem de volta a Israel
Foto: Gabinete do Porta-Voz do Primeiro-Ministro de Israel / BBC News Brasil
Trump faz aceno ao sair de avião em Israel
Trump faz aceno ao sair de avião em Israel
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O presidente americano Donald Trump chegou nesta segunda-feira ao Aeroporto Ben Gurion, nos arredores de Tel Aviv.

Várias figuras estavam presentes para recebê-lo, incluindo Netanyahu e sua esposa Sara, o enviado especial dos EUA Steve Witkoff, o assessor Jared Kushner e sua esposa, e a filha de Trump, Ivanka Trump.

Espera-se que ele faça um discurso no parlamento israelense, em Jerusalém, antes de viajar para o Egito para sediar uma cúpula sobre a paz no Oriente Médio, onde estarão presentes cerca de 20 líderes mundiais.

Ele também deve se encontrar com as famílias de alguns dos reféns.

Quando questionado se gostaria de visitar Gaza, ele respondeu à imprensa a bordo do Air Force One que ficaria "orgulhoso" de fazê-lo.

"Eu conheço muito bem sem ter visitado", diz ele. "Gostaria de fazer isso, gostaria de pelo menos colocar os pés lá."

Reino Unido anuncia pacote de ajuda para Gaza

Keir Starmer
Keir Starmer
Foto: Reuters / BBC News Brasil

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, chega nesta segunda-feira à cidade egípcia de Sharm el-Sheikh, onde será realizada uma cúpula de líderes mundiais sobre o fim da guerra em Gaza.

Durante sua visita ao Oriente Médio, Starmer prometerá um pacote de ajuda humanitária no valor de 20 milhões de libras (R$ 147 milhões) para ajudar a fornecer serviços de água, saneamento e higiene a Gaza durante sua visita ao Egito hoje.

O financiamento faz parte de um compromisso mais amplo de ajuda no valor de 116 milhões de libras (R$ 856 milhões) em apoio ao povo palestino este ano.

"O Reino Unido apoiará a próxima fase das negociações para garantir a plena implementação do plano de paz, para que as pessoas de ambos os lados possam reconstruir suas vidas com segurança e proteção", deve afirmar o primeiro-ministro.

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