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Exército do Paquistão terá amplos poderes judiciais durante eleição geral

20 jul 2018 - 07h28
(atualizado às 07h34)
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Autoridades eleitorais do Paquistão concederam amplos poderes judiciais ao poderoso Exército do país durante a eleição geral da próxima semana, em uma medida incomum que tem causado preocupações entre partidos políticos e grupos de direitos humanos.

Soldado do Paquistão é visto em Mardan 02/09/2016 REUTERS/Khuram Parvez
Soldado do Paquistão é visto em Mardan 02/09/2016 REUTERS/Khuram Parvez
Foto: Reuters

A eleição do dia 25 de julho está sendo vista como uma disputa dupla entre o partido liderado pelo ex-astro de cricket Imran Khan e a legenda do agora preso ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, que tem acusado o Exército de trabalhar nos bastidores para favorecer Khan, o que ele nega.

Cerca de 371 mil soldados serão mobilizados por todo o Paquistão para proteger a eleição, número aproximadamente três vezes maior do que o empregado na última votação em 2013.

Em comunicado neste mês, a Comissão Eleitoral deu aos soldados a autoridade de um "magistrado", para realizar julgamentos imediatos de qualquer um que viole leis eleitorais e sentenciá-los no local.

Em um dos casos, pessoas podem ser condenadas a até seis meses de prisão se consideradas culpadas de "prática corrupta".

As Forças Armadas já tomaram o poder diversas vezes desde a independência do Paquistão em 1947 e governaram por quase metade da história do país.

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