Ex-presidente da Coreia do Sul é preso pela segunda vez
Investigação independente alega 'risco de destruição de provas'
O ex-presidente da Coreia do Sul Yoon Suk-yeol voltou a ser preso nesta quinta-feira (10) sob a acusação de "risco de destruição de provas".
A detenção decorre de uma investigação independente sobre sua tentativa de impor lei marcial no país em dezembro passado.
A prisão foi realizada depois que o Tribunal Distrital Central de Seul aprovou um mandado de prisão para Yoon, alegando "risco de destruição de provas". A investigação independente do caso teve início após a posse do presidente Lee Jae-myung no início de junho, quando foram nomeados promotores especiais que iniciaram um inquérito sem relação com o governo.
De acordo com a imprensa local, Yoon teria ordenado em outubro de 2024 que o exército de Seul lançasse drones contra a Coreia do Norte. O episódio seria parte de seu plano para justificar a imposição da lei marcial no país. No entanto o bombardeio contra o vizinho não ocorreu, ainda que o então mandatário tenha insistido no projeto de restringir as prerrogativas democráticas.
Após ser detido em 15 de janeiro, acusado de insurreição, Yoon conseguiu a liberdade em 8 de março depois que promotores desistiram de recorrer de uma decisão judicial que suspendeu o mandado de prisão.
Em abril, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou o impeachment do ex-presidente por tentativa de decretar a lei marcial no país. Com a decisão, o político tornou-se o primeiro chefe de Estado em exercício a ser destituído do cargo.