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Europa

UE fortalece laços com a Ucrânia e assina acordo de apoio

O acordo foi assinado pelo primeiro-ministro interino da Ucrânia depois de uma reunião com os representantes europeus em Bruxelas

21 mar 2014 - 13h53
(atualizado às 14h03)
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O primeiro-ministro da Ucrânia Arseniy Yatsenyuk, e o Presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy - em cerimônia de acordo que aconteceu nesta sexta-feira
O primeiro-ministro da Ucrânia Arseniy Yatsenyuk, e o Presidente do Conselho Europeu Herman Van Rompuy - em cerimônia de acordo que aconteceu nesta sexta-feira
Foto: AP

Líderes da União Europeia assinaram um acordo para fortalecer as relações com a Ucrânia, em uma demonstração de apoio depois que a península da Crimeia (sul da Ucrânia) aprovou em um referendo passar a fazer parte da Rússia.

O acordo foi assinado pelo primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, depois de uma reunião com os representantes europeus em Bruxelas.

Foi a rejeição em novembro desse acordo, o Acordo de Associação, pelo presidente afastado da Ucrânia, Viktor Yanukovich, que desencadeou a atual onda de instabilidade no país.

Diferentemente da proposta rejeitada por Yanukovich, a assinada nesta sexta-feira inclui apenas três dos sete capitulos do acordo. Os três incluem itens de natureza política - não os de ordem econômica e comercial que tem o potencial de gerar mais oposição por parte das autoridades em Moscou.

A assinatura se deu no mesmo dia em que o presidente russo, Vladimir Putin, assinou a lei que oficializa, aos olhos de Moscou, a inclusão da Crimeia na Federação Russa, não reconhecida internacionalmente.

Putin qualificou a incorporação da Crimeia de "evento notável" e não manifestou preocupação com a possibilidade de mais sanções internacionais contra o país - chegando até mesmo a fazer piadas sobre elas a jornalistas em Moscou.

Sanções

O presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, afirmou em uma declaração que o acordo "reconhece as aspirações do povo da Ucrânia, de viver em um país governado por valores, pela democracia e pelo Estado de direito".

Rompuy ressaltou que a UE "espera assinar em breve as partes restantes, não apenas as provisões econômicas. Juntas com as políticas, elas formam um instrumento único". A assinatura, porém, só deve acontecer após as eleições presidenciais no país, marcadas para 25 de maio.

O novo acordo entre Ucrânia e União Europeia foi fechado horas depois de o bloco europeu ter ampliado as sanções à Rússia devido à anexação do território.

A União Europeia adicionou mais 12 nomes à lista de 21 que já estavam com os bens congelados e viagens proibidas.

Na quinta-feira, a tensão aumentou entre Estados Unidos e Rússia, pois os dois países anunciaram sanções mútuas devido à anexação da Crimeia.

O presidente americano, Barack Obama, anunciou sua segunda rodada de sanções punindo autoridades e um banco russos. Obama também assinou uma permissão para que o país imponha sanções a setores da economia russa.

Obama afirmou que os Estados Unidos observam com preocupação a situação no sul e no leste da Ucrânia. "A Rússia precisa saber que o agravamento da situação só deixa o país ainda mais isolado da comunidade internacional".

Por sua vez, Moscou anunciou na quinta-feira suas primeiras sanções contra os EUA.

Na assinatura de incorporação da Crimeia à Federação Russa nesta sexta-feira, Putin indicou que não vê a necessidade de Moscou adotar mais sanções contra o país. No entanto, posteriormente o Ministério das Relações Exteriores russo disse que Moscou irá responder "duramente"'às novas sanções de Washington, indicando que poderá anunciar uma segunda rodada de represálias.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crimeia/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crimeia/">veja o infográfico</a>

Círculo interno

A Casa Branca disse que a nova leva de sanções foi imposta a 20 russos que têm interesses na Crimeia e pertencentes ao círculos de contatos próximo ao presidente russo, Vladimir Putin. Entre eles, estão o chefe de gabinete Sergei Ivanov e os magnatas Arkady Rotenberg e Gennady Timchenko.

O Banco Rossiya também foi alvo destas sanções por dar a apoio a autoridades do país, segundo afirmou o Tesouro americano.

As sanções envolvem restrições a transações comerciais e transações financeiras em dólar, além da imposição do congelamento de bens nos Estados Unidos.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram as primeiras sanções a cidadãos russos e ucranianos na segunda-feira, um dia depois de 97% dos cidadãos da Crimeia em um referendo sobre a anexação da Rússia.

Nessa primeira leva, os Estados Unidos congelaram bens e proibiram viagens de 11 indivíduos, enquanto a União Europeia fez o mesmo com 21 pessoas.

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/crise-na-ucrania/">veja o infográfico</a>
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