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Europa

Prefeitos prometem ao papa combater aquecimento global

Do Brasil, sete governantes assinaram documento em que também se comprometeram a lutar contra pobreza

22 jul 2015 - 12h11
(atualizado às 14h47)
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Prefeitos de 65 cidades do mundo, incluindo sete brasileiros, se comprometeram com o papa Francisco a abordar "urgências colocadas pela mudança climática, a exclusão social e a pobreza extrema".

Papa fala a prefeitos de 65 cidades do mundo
Papa fala a prefeitos de 65 cidades do mundo
Foto: PMPA

A íntegra do documento foi divulgada nesta quarta-feira (22) e entre os prefeitos participantes estavam os de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; de São Paulo, Fernando Haddad; do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; de Salvador, ACM Neto; de Curitiba, Gustavo Fruet; de Porto Alegre, José Fortunati; de Goiânia, Paulo Garcia.

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Após o fórum "Escravidão moderna e mudanças climáticas: o compromisso das cidades", os governantes assinaram uma declaração conjunta na qual pactuaram enfrentar "mudanças climáticas induzidas pelo homem, a pobreza extrema e a exclusão social, incluindo o tráfico de seres humanos".

Segundo o documento, trata-se de duas dramáticas emergências correlacionadas nas quais as cidades de todo o planeta cumprem um papel-chave, ao reconhecerem que a mudança climática é uma realidade científica comprovada e seu efetivo controle é um imperativo moral.

"Queremos que nossas cidades sejam cada vez mais socialmente inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis", declaram os prefeitos. "Agradeço esta declaração. Desejo que faça muito bem", assinou o papa Francisco no final do texto.

O texto ressalta que, atualmente, há instrumentos tecnológicos, meios financeiros e conhecimento para reverter a mudança climática com soluções sustentáveis.

Os prefeitos acertaram também eliminar a exploração, o tráfico humano e todas as formas de escravidão moderna, incluindo o trabalho forçado, a prostituição e o tráfico de órgãos. "Comprometemos-nos também a desenvolver programas nacionais de reassentamento e reintegração que evitem a repatriação involuntária das pessoas vítimas de violência", afirmaram os governantes.

A reunião do Vaticano, que termina hoje, acontece cinco meses antes da Conferência do Clima de Paris (COP 21), que reunirá líderes de todo o mundo com o objetivo de alcançar um acordo para reduzir o impacto da mudança climática e substituir o Protocolo de Quioto. De acordo com o texto, essa pode ser a "última efetiva possibilidade de negociar acordos que possam manter o aquecimento global provocado pelo homem abaixo dos 2°C.".

Jovem que acompanhou visita do Papa ao Paraguai conta experiência:
EFE   
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