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Europa

Confronto marca inauguração de nova sede do BCE na Alemanha

Manifestantes anticapitalismo entraram em confronto com a polícia perto do novo prédio da autoridade monetária da zona do euro

18 mar 2015 - 09h18
(atualizado às 10h04)
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<p>Manifestante joga pedras em policiais em frente a sede do BCE, em Frankfurt</p>
Manifestante joga pedras em policiais em frente a sede do BCE, em Frankfurt
Foto: Kai Pfaffenbach / Reuters

Milhares de manifestantes anticapitalismo entraram em confronto com a polícia de choque perto da nova sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt, nesta quarta-feira, horas antes da cerimônia de inauguração do prédio que custou 1,3 bilhão de euros.

Diversos carros foram incendiados e as ruas bloqueadas por pneus e latas de lixo em chamas. Pelo menos um oficial da polícia ficou ferido, disse a polícia.

A polícia usou canhão de água para tentar abrir caminho no meio da multidão de manifestantes vestidos de preto para tentar entrar no prédio, que estava cercado por barricadas policiais.

Os organizadores do protesto, um grupo chamado Blockupy - nomeado a partir do movimento Occupy Wall Street em 2011 -, estima que cerca de 10 mil manifestantes estavam no protesto. Milhares foram para a capital financeira alemã de outras partes da Europa.

"Nosso protesto é contra o BCE, como membro da troika, que, apesar do fato de não ser democraticamente eleita, impede o trabalho do governo grego. Nós queremos que a política de austeridade acabe", disse Ulrich Wilken, um dos organizadores.

"Nós queremos um protesto barulhento, mas pacífico", disse Wilken à Reuters.

A porta-voz da polícia de Frankfurt Claudia Rogalski descreveu a multidão como "agressiva".

"Nós tivemos lançamento de pedras, lixeiras incendiadas, sete carros policiais danificados, muitos incendiados também", disse.

O movimento Blockupy diz que representa críticas às instituições financeiras supra nacionais, incluindo a "troika": o BCE, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional, cujos inspetores monitoram países como a Grécia e Chipre, que receberam salvamentos financeiros internacionais.

O BCE também é influente como provedor de finanças para bancos de países em crise e nas últimas semanas sancionou uma taxa extra para empréstimos gregos.

BCE vai lançar amplo plano de compra de dívida sem a Grécia:

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