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Europa

China e Rússia fecham grande acordo de fornecimento de gás

Acordo bilionário garante nova fonte de energia ao maior consumidor do mundo

21 mai 2014 - 12h23
(atualizado às 12h31)
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<p>Presidente da Rússia, Vladimir Putin e presidente da China, Xi Jinping durante cerimônia de assinatura, em Xangai, nesta quarta-feira, 21 de maio</p>
Presidente da Rússia, Vladimir Putin e presidente da China, Xi Jinping durante cerimônia de assinatura, em Xangai, nesta quarta-feira, 21 de maio
Foto: Reuters

China e Rússia assinaram um esperado acordo de 400 bilhões de dólares para fornecimento de gás nesta quarta-feira, assegurando ao maior consumidor de energia do mundo uma nova grande fonte de energia e abrindo um novo mercado para Moscou, em um momento no qual a Europa busca outras origens para o fornecimento.

O presidente russo, Vladimir Putin, e seu equivalente chinês, Xi Jinping, celebraram a assinatura do contrato, em Xangai, entre as estatais Gazprom GAZP.MM e China National Petroleum Corp (CNPC).

O negócio é um trunfo político para Putin, que está buscando novos parceiros na Ásia à medida que a Europa tenta reduzir sua dependência de gás da Rússia, a fim de melhorar sua posição de barganha com Moscou depois que o controle da Crimeia foi tomado da Ucrânia.

Mas, de um ponto de vista comercial, muito depende dos preços e de outros termos não revelados do contrato, que levou mais de uma década para ser fechado.

Participantes da indústria disseram que a China tinha vantagem nas negociações ao entrar na fase final do processo ciente da necessidade de Putin por novos clientes, em um momento de maior isolamento do líder russo na Europa.

"Este é um evento histórico para o setor de gás da Rússia e da União Soviética", disse Putin. "Este é o maior contrato na história do setor de gás da antiga URSS."

"Quero salientar que um árduo trabalho foi feito no nível de especialistas. Nossos amigos chineses são negociadores difíceis", disse ele, ressaltando que as negociações se estenderam até as 4h.

"Através de um compromisso mútuo nós conseguimos alcançar termos não apenas aceitáveis, mas sim satisfatórios para ambos os lados. Estamos, no fim, contentes pelo compromisso alcançado sobre o preço e outros termos", afirmou.

Estimativas da indústria indicavam que o preço acordado pode ter ficado em cerca de 350 dólares por mil metros cúbicos. A média da Europa Ocidental é 380 dólares.

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