Script = https://s1.trrsf.com/update-1761143121/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

As Principais Notícias da Europa

Calor resulta em queda de 16% na média de produção de vinho nos últimos cinco anos na França

O Ministério da Agricultura da França reduziu na terça-feira sua previsão de produção de vinho em 2025 para 36 milhões de hectolitros, em comparação com 37,4 milhões de hectolitros estimados no mês passado. O volume representa uma queda de 1% em relação à safra do ano passado, devido às altas temperaturas no país no último mês de agosto.

7 out 2025 - 11h05
Compartilhar
Exibir comentários

O Ministério da Agricultura da França reduziu na terça-feira sua previsão de produção de vinho em 2025 para 36 milhões de hectolitros, em comparação com 37,4 milhões de hectolitros estimados no mês passado. O volume representa uma queda de 1% em relação à safra do ano passado, devido às altas temperaturas no país no último mês de agosto. 

A França é o segundo maior produtor de vinho do mundo, atrás apenas da Itália, e o maior exportador em termos de valor.
A França é o segundo maior produtor de vinho do mundo, atrás apenas da Itália, e o maior exportador em termos de valor.
Foto: AFP - PIERRE ANDRIEU / RFI

Com a revisão das previsões, com base nos resultados mais recentes da colheita, estima-se que a produção de vinho na França será 16% inferior à média dos últimos cinco anos. "A colheita, agora quase concluída, confirma as consequências adversas da onda de calor de agosto no potencial de produção na maioria das áreas", afirma o comunicado do ministério.

Em agosto, a França enfrentou uma onda de calor intensa com duração de dez dias e temperaturas superiores a 40°C em muitas cidades. Os termômetros chegaram a 43,4°C em Monpazier (sudoeste) e Argeliers (sul). 

Segundo a nota do Ministério da Agricultura da França, o calor e a seca neste período reduziram o potencial de produção, acelerando o amadurecimento das uvas e retardando seu crescimento. "O resultado foram bagas menores e com menos suco, que as chuvas do final de setembro não conseguiram compensar", reitera o comunicado.

Além disso, diante de uma nova crise no setor, provocada especialmente pela queda no consumo, o Estado financiou campanhas de desenraizamento de videiras em várias regiões, o que também influenciou a redução das colheitas. No sudoeste, na região de Bordeaux, a área cultivada passou de 103.000 hectares em 2023 para 85.000 hectares em 2025.

2025: ano "decepcionante" para o vinho francês 

"Foi decepcionante. Esperávamos um ano normal, e então a onda de calor atingiu a produção, literalmente queimando-a, e as uvas perderam volume", diz à AFP Dominique Furlan, vinicultor de Entre-Deux-Mers (Gironde). "Quanto mais avançávamos na colheita, mais percebíamos que a produção havia diminuído", acrescentou, enfatizando, por outro lado, a "boa qualidade" da safra.

A paisagem é diferente para cada região. Em Bordeaux, no sudoeste, as chuvas do início de setembro não compensaram as perdas. A produção está agora ligeiramente abaixo da registrada no ano passado e 17% inferior à média dos últimos cinco anos.

"Tivemos um verão muito seco, que produziu frutas muito pequenas e muito concentradas", disse Christophe Chateau, diretor de comunicação do Conselho Interprofissional de Vinhos de Bordeaux, à AFP. "Os volumes anunciados combinam dois fenômenos: uma colheita baixa, com 10.000 hectares a menos cultivados do que no ano passado, e baixos rendimentos devido à seca", destaca. 

Uma das regiões mais afetadas é a do Beaujolais, no leste, onde a produção será a pior em 35 anos devido às ondas de calor, a queda de granizo e a doenças nos vinhedos. O volume de vinho deverá cair 32% em relação ao ano anterior.

Champanhe e conhaque afetados

A França é o segundo maior produtor de vinho do mundo, atrás apenas da Itália, e o maior exportador em termos de valor. Sua produção foi afetada por condições climáticas adversas nos últimos dois anos, enquanto políticas de gestão de excedentes levaram os viticultores a arrancar parte de seus vinhedos.

A produção de outra bebida emblemática do país, o champanhe, deve ultrapassar em 14% a registrada em 2024. No entanto, permanecerá 10% inferior à média dos cinco últimos anos. Por outro lado, os produtores indicaram que a safra neste ano foi de boa qualidade.

Em Charentes, uma região-chave para a produção de conhaque, a produção atual será ligeiramente inferior ao nível já reduzido de 2024 e 23% abaixo da média dos últimos cinco anos. 

(Com Reuters e AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade