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Europa

Belga que vendeu armas aos irmãos Kouachi é acusado de tráfico

O homem também manteve contato com Amedy Coulibaly, autor do atentado contra o mercado judeu em Paris

14 jan 2015 - 15h56
(atualizado às 17h18)
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Os irmãos Kouachi, autores do atentado contra a redação da revista francesa Charlie Hebdo
Os irmãos Kouachi, autores do atentado contra a redação da revista francesa Charlie Hebdo
Foto: Twitter

O belga que negociou com os irmãos Kouachi a entrega das armas utilizadas no atentado contra a sede da revista satírica francesa Charlie Hebdo foi detido nesta quarta-feira e acusado pela promotoria da Bélgica de tráfico de armas.

O indivíduo se apresentou voluntariamente à polícia de Charleroi (sul da Bélgica) na terça-feira depois da divulgação que as armas utilizadas pelos terroristas saíram da Bélgica e foram compradas por menos de 5.000 euros perto da estação Midi de Bruxelas, segundo informou a edição digital do jornal Le Soir.

Em vídeo, braço da Al-Qaeda assume ataque a Charlie Hebdo:

O homem foi detido e acusado de tráfico de armas, segundo confirmou a promotoria, que está encarregada da investigação.

Segundo seu depoimento, o homem manteve contato com Amedy Coulibaly, o autor do atentado contra o mercado judeu em Paris, onde quatro reféns foram assassinados, e garante que o francês tentou comprar um veículo e quis enganá-lo durante a operação.

No registro da residência do detido, já conhecido da polícia por diversas causas relacionadas ao tráfico de mercadorias, foram encontrados documentos que mencionavam a negociação sobre as armas, assim como uma pistola Tokarev, diz o jornal belga.

O traficante explicou que ao ser informado da vinculação de Coulibaly com o movimento radical Estado Islâmico (EI) se assustou e preferiu compartilhar a informação que tinha com a polícia.

Os investigadores encontraram provas sobre a negociação das armas de um calibre pouco comum, que corresponderia com as utilizadas por Coulibaly no ataque ao mercado.

Foto: Arte Terra

Desvendando o Estado Islâmico Desvendando o Estado Islâmico

EFE   
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