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EUA apontam assassinatos arbitrários e tortura na Nicarágua

20 mar 2023 - 20h57
(atualizado em 21/3/2023 às 18h06)
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos citou relatos confiáveis de assassinatos arbitrários, prisões e tortura na Nicarágua, assim como condições duras e de risco de vida nas prisões do país, em um relatório anual de direitos humanos divulgado nesta segunda-feira.

O governo de Daniel Ortega está cada vez mais isolado internacionalmente desde que começou a reprimir a dissidência após os protestos de rua que surgiram em 2018. O presidente caracterizou os protestos como uma tentativa de golpe contra ele.

O relatório de direitos humanos relativo a 2022 do Departamento de Estado dos EUA apontou para "numerosos relatos de que o governo ou seus agentes cometeram assassinatos arbitrários ou ilegais".

O gabinete de Ortega não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

O relatório descreveu as condições das prisões nicaraguenses como potencialmente "ameaçadoras à vida", citando superlotação, falta de saneamento e atendimento médico, além de violência entre os presos.

O documento também criticou o aparente fracasso de autoridades do governo em investigar crimes supostamente cometidos por policiais e outras forças de segurança relacionados aos protestos antigovernamentais, que deixaram pelo menos 355 mortos.

No mês passado, 200 presos políticos foram libertados pela Nicarágua e enviados para os Estados Unidos.

O bispo Rolando Álvarez, um importante crítico de Ortega, recusou-se a deixar o país e foi condenado a mais de 26 anos de prisão na Nicarágua por acusações que incluem traição, atentar contra a integridade nacional e espalhar notícias falsas.

O papa Francisco recentemente comparou o governo da Nicarágua a uma ditadura, o que levou Ortega a "suspender" as relações diplomáticas com o Vaticano.

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