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Estados Unidos

Quase metade quer impeachment de Trump, aponta pesquisa

16 mai 2017 - 15h11
(atualizado em 17/5/2017 às 07h40)
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Foto: Getty Images

Um pesquisa publicada nesta terça-feira pela empresa Public Policy Polling aponta que 48% dos americanos querem o início de um processo de impeachment contra o presidente dos EUA, Donald Trump.

Essa porcentagem é maior do que os 41% que se opõem a Trump responder a um julgamento político, algo que só ocorreu em duas oportunidades na história do país.

O Congresso iniciou, mas nunca finalizou, o "impeachment" dos presidentes Andrew Johnson (1829-1837) e Bill Clinton (1993-2001), enquanto a possibilidade do julgamento político forçou a renúncia de Richard Nixon em 1974.

Só 43% dos indagados consideram que Trump finalizará seus primeiros quatro anos de mandato.

Além disso, a pesquisa, com uma margem de erro de 3,7%, situa o apoio à gestão do presidente em 40%, enquanto 54% se mostraram contra Trump, que foi incapaz de superar com clareza mais de 40% de popularidade desde que chegou ao poder em janeiro.

A pesquisa foi realizada com 692 adultos entre 12 e 14 de maio, depois que Trump demitiu de maneira surpreendente o diretor do FBI James Comey e relacionou posteriormente sua saída à investigação que a agência lidera sobre a possível coordenação da campanha eleitoral do republicano com o Governo russo.

Esse demissão foi a pior crise em uma Administração que esteve infestada de escândalos desde seu primeiro dia e que não parece ser capaz de acabar com as dúvidas sobre a capacidade de Trump para dirigir o Governo e iniciar as reformas legislativas que propôs, apesar dos republicanos controlarem o Congresso.

O processo de "impeachment" pode ser iniciado pela maioria simples da Câmara de Representantes, embora posteriormente o julgamento político seja realizado pelo Senado com o magistrado chefe do Supremo Tribunal presidindo as audiências.

O Senado é o encarregado de declarar culpado um presidente com dois terços (67) dos votos da Câmara Alta e destituí-lo do poder, algo que nunca aconteceu na história do país.

EFE   
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