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Estados Unidos

Nova política de Obama para Cuba enfrenta primeiros desafios

Questões sobre o histórico de direitos humanos e a prometida liberação de prisioneiros cubanos têm potencial de inflamar paixões anti-Havana no Congresso

3 jan 2015 - 17h11
(atualizado em 4/1/2015 às 07h59)
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A nova política de Obama de relações com Cuba enfrenta primeiros obstáculos no começo deste ano
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Apenas duas semanas e meia após o presidente Barack Obama anunciar uma histórica troca de prisioneiros e restabelecimento de relações com Cuba, sua nova política encontra obstáculos que ameaçam crescer quando o Congresso retornar na semana que vem.

Questões sobre o histórico de direitos humanos de Cuba e a prometida liberação de prisioneiros cubanos têm o potencial de inflamar paixões anti-Havana no Congresso que retomada as atividades na terça-feira.

Não está claro se os obstáculos serão alguma coisa além de obstáculos no caminho, mas no mínimo ilustram como a tentativa de Obama de encerrar o isolamento de Cuba, que dura mais de 50 anos, não será concluída rapidamente ou sem um debate rancoroso.

Sinalizando que continuará a oprimir a dissidência, o governo do presidente cubano Raúl Castro na terça-feira prendeu mais de 50 ativistas, segundo líderes dissidentes, para esmagar uma reunião planejada para a Praça da Revolução de Havana. E dissidentes relataram novas prisões na quinta-feira.

A opressão trouxe condenações afiadas do Departamento de Estado dos Estados Unidos. Todos os detidos foram soltos no final de semana, disseram os dissidentes.

Também há preocupações sobre quando os 53 presos, que Washington considera serem prisioneiros políticos, serão soltos e em que termos. Um auxiliar importante de Obama disse, na época do anúncio de 17 de dezembro, que Cuba concordou em libertá-los como parte do acordo para restaurar relações diplomáticas, e que um número não especificado deles já estava solto.

Mas grupos dissidentes de Cuba disseram acreditar que a maioria deles continua mantida de alguma forma detida. A Casa Branca tem se recusado a divulgar o nome dos 53 e não dividiu essa lista com os grupos dissidentes.

Uma fonte com conhecimento da liberação dos prisioneiros disse à Reuters que a demora se deve à falta de acordo sobre o destino deles - se serão transferidos para os Estados Unidos ou para a Europa ou ficarão em Cuba. No passado, o governo cubano preferiu que esses tipos de prisioneiros deixassem o país quando fossem soltos. Mas alguns devem insistir nos seus direitos de continuarem em Cuba lutando pelos seus direitos políticos.

A confusão sobre as libertações e o último incidente com os dissidentes deram munição para os críticos da política de Obama no Congresso. Esses parlamentares disseram que tentarão atrasar ou bloquear a tentativa de melhorar as relações com Havana.

"Os últimos atos de repressão do regime de Castro contra dissidentes políticos zombam da nova política do presidente Obama para Cuba", disse o senador Marco Rubio, republicano da Flórida e potencial candidato à presidência em 2016. 

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