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Estados Unidos

Coreia do Norte diz que Obama age como 'macaco em floresta'

Longa pode ser poderoso contra regime norte-coreano, segundo correspondente da BBC

27 dez 2014 - 07h32
(atualizado às 07h46)
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<p>Filme da Sony Pictures causa pol&ecirc;mica</p>
Filme da Sony Pictures causa polêmica
Foto: BBC Mundo / Copyright

A Coreia do Norte acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de agir como "um macaco numa floresta tropical", em mais uma crítica pelo lançamento do filme A Entrevista, e culpou o governo americano pela interrupção da internet no país.

A comédia, que gira em torno de um plano fictício para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi lançada no Natal, após a estreia ter sido cancelada pela Sony Pictures devido a um ataque virtual e ameaças. A decisão de cancelar o lançamento foi fortemente criticada, inclusive por Obama, sob o argumento de que a liberdade de expressão estava sob ameaça.

Em comunicado divulgado neste sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional norte-coreana criticou fortemente os EUA pelo "filme desonesto e reacionário que fere a dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo".

Segundo o documento, Obama é "o principal culpado que forçou a Sony Pictures Entertainment a distribuir indiscriminadamente o filme", chantageando cinemas nos EUA. "Obama é sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta tropical."

A grande dificuldade de Kim Jong-un é que A Entrevista - que apresenta o líder norte-coreano como um bobo maligna e vão - tem sido amplamente visto como engraçado e perspicaz, disse o correspondente da BBC em Seul, Stephen Evans.

Se ativistas contrabandearem o filme para a Coreia do Norte em pen-drives, como já fazem com outros filmes, o longa poderá revelar-se bastante poderoso, disse Evans.

O ataque

A comissão norte-coreana também acusou Washington de, "sem fundamentos", responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque virtual à Sony. Inicialmente, a Sony Pictures havia cancelado a estréia do filme, após sofrer um ataque cibernético sem precedentes de um grupo que se autodenomina Guardiães da Paz.

Os hackers que invadiram a Sony também ameaçaram atacar cinemas que exibissem o filme. O polêmico filme foi exibido em alguns cinemas dos EUA e na internet. Centenas de salas independentes se ofereceram para exibir o longa. No entanto, cinemas maiores decidiram não divulgar a comédia.

Na semana passada, o FBI culpou a Coreia do Norte pelo ataque à Sony, mas muitos especialistas em segurança cibernética disputaram essa versão. A Coreia do Norte negou estar por trás do ataque, mas o descreveu como um "ato justo". Depois, o país sofreu uma grave interrupção no seu acesso à internet.

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