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Estados Unidos

Hillary pede que muçulmanos não sejam demonizados após massacre em Orlando

13 jun 2016 - 11h09
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A virtual candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira que a resposta ao massacre de Orlando, o ataque a tiros "mais letal" na história dos Estados Unidos, não pode ser o "partidarismo" e também não se deve "demonizar" os muçulmanos.

"É hora que todos nos unamos e lembremos os que foram assassinados, apoiemos a todos os que estão sofrendo e depois tratemos de averiguar o que podemos fazer", disse a ex-secretária de Estado em uma entrevista à emissora "NBC".

Segundo Hillary, neste momento "importa o que fazemos, não o que dizemos".

"Para mim, jihadismo radical, islã radical, acredito que significam o mesmo. Estou disposta a dizer qualquer um dos dois", acrescentou a candidata.

Hillary respondeu assim às críticas do virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, que neste domingo condenou tanto sua provável rival nas eleições de novembro como o presidente Barack Obama por não usar a expressão "islã radical" ao referir-se ao extremismo islâmico.

"Toda esta conversa, demagogia e retórica não vão resolver o problema. Eu não vou demonizar, ser demagoga e declarar guerra a toda uma religião", destacou Hillary.

A polícia de Orlando (Flórida) detalhou hoje que no tiroteio na boate gay Pulse morreram 49 pessoas e o suposto autor dos disparos, Omar Seddique Mateen, um americano de origem afegã de 29 anos.

O suspeito jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI), grupo que reivindicou hoje de novo a autoria do massacre e qualificou Mateen como um "soldado do califado".

Em comunicado emitido por sua campanha ontem, Hillary enfatizou que o massacre de Orlando deve servir para lembrar "mais uma vez que as armas de guerra não têm lugar" nas ruas nem nas mãos de qualquer pessoa.

"Temos que tirar essas armas de guerra das ruas. Tivemos uma proibição sobre as armas de assalto e necessitamos restabelecê-la", reforçou Hillary hoje durante a entrevista.

Por causa do massacre, a candidata cancelou um ato político que realizaria na cidade de Green Bay (Wisconsin) na quarta-feira e que seria sua primeira aparição de campanha junto ao presidente Obama.

EFE   
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