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Estados Unidos

EUA financiam projeto para promover hip-hop em Cuba

Projeto é um esforço secreto e mal-sucedido gerenciado por funcionários terceirizados do governo norte-americano, com a finalidade de prejudicar o governo comunista do país

12 dez 2014 - 09h38
(atualizado às 10h34)
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Estudantes cubanos carregam uma bandeira gigante de seu país durante passeata em Havana.
Estudantes cubanos carregam uma bandeira gigante de seu país durante passeata em Havana.
Foto: Enrique De La Osa / Reuters

O governo dos Estados Unidos financiou um projeto de quatro anos para promover a cena de música rap em Cuba, como parte de um esforço para promover a democracia na ilha comunista, disse uma agência federal norte-americana na quinta-feira.

“Parecia uma boa ideia apoiar a sociedade civil”, disse Matt Herrick, porta-voz da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sifla em inglês), que financiou o programa secreto. 

O programa de quatro anos, encerrado em 2012, foi revelado pela agência de notícias Associated Press na quinta-feira, que descreveu o projeto como um esforço secreto e mal-sucedido gerenciado por funcionários terceirizados do governo norte-americano, com a finalidade de prejudicar o governo comunista de Cuba. 

Herrick defendeu o programa, o qual disse ter sido legalmente financiado pelo Congresso para promover a democracia e os direitos humanos em Cuba. 

“Não é algo do qual estamos com vergonha”, disse ele. 

O governo de Cuba não respondeu sobre o caso, embora tenha sido amplamente veiculado na imprensa estatal cubana. 

A Usaid disse em comunicado que “apoia programas da sociedade civil em Cuba e outros ambientes mais restritos como parte de um esforço geral do governo dos EUA para promover sociedades democráticas e resistentes."

Diversas pessoas envolvidas no programa, gerenciado pela Creative Associates International, uma empresa de desenvolvimento com sede nos EUA, foram detidas por autoridades cubanas, segundo a AP. 

Artistas de hip-hop que os funcionários da Usaid tentaram promover deixaram o país ou pararam de se apresentar após pressão do governo cubano, segundo a reportagem. 

A Usaid está atualmente examinando seus programas de promoção à democracia em países hostis após diversas revelações sobre a natureza arriscada de tais esforços. 

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