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Estados Unidos

EUA: ex-presidente escreve cartas a mão para evitar espionagem

Jimmy Carter diz não ter dúvidas de que seus e-mails são monitorados pela Agência Nacional de Segurança e que seu país está indo 'ladeira abaixo'

25 mar 2014 - 08h19
(atualizado às 08h26)
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<p>O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter fala durante uma entrevist,a na segunda-feira, 24 de março em Nova York</p>
O ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter fala durante uma entrevist,a na segunda-feira, 24 de março em Nova York
Foto: AP

O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter diz que escreve cartas a mão para líderes internacionais e políticos americanos como forma de evitar espionagem pelo próprio governo dos Estados Unidos.

"Não creio haver qualquer dúvida de que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e outras agências monitoram ou gravam quase qualquer telefonema feito nos Estados Unidos, inclusive chamadas de celular e suponho que e-mails também", afirmou Carter, em entrevista à agência Associated Press.

Carter, de 89 anos, acrescentou ainda: "Sinto que meus telefonemas e e-mails estão sendo monitorados e há algumas coisas que não quero que ninguém saiba", acrescentou.

"Estamos indo ladeira abaixo na violação aos direitos civis básicos americanos, no que diz respeito à privacidade", afirmou.

Denúncias

O ex-presidente começou a escrever cartas a mão há três anos, antes de o ex-funcionário da NSA Edward Snowden ter vazado uma série de documentos que trouxeram à tona as informações sobre as práticas de espionagem eletrônica da agência.

Os documentos revelaram que a NSA chegou a espionar diversos líderes internacionais, entre eles a presidente Dilma Rousseff, que chegou a cancelar uma visita oficial aos Estados Unidos.

Eleito pelo Partido Democrata, Jimmy Carter ocupou a Casa Branca por apenas um mandato, de 1977 a 1981, perdendo a disputa pela reeleição para o republicano Ronald Reagan.

Atualmente ele comanda a associação beneficente Carter Center, que se dedica a atividades de defesa de direitos humanos e de mediação política. Em 2002, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz.

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