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'Esperamos o pior', diz Bolsonaro sobre crise na Venezuela

Líder brasileiro anuncia reconhecimento do Brasil ao opositor Guaidó como presidente da Venezuela

23 jan 2019 - 18h57
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira estar preocupado com a possibilidade de que haja uma resistência por parte de Nicolás Maduro, diante da decisão de Brasil, EUA, Colômbia e outros países de reconhecer o opositor Juan Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela.

"Todos nós conhecemos um pouquinho Nicolás Maduro. Esperamos o pior. Há uma preocupação, sim", disse Bolsonaro em declarações exclusivas ao Estado. "Mas achamos que Guaidó não receberá qualquer tipo de retaliação de Maduro, até porque o mundo está de olho nisso e os EUA também reconheceram", afirmou o presidente.

Protestos contra Maduro tomam as ruas na Venezuela
Protestos contra Maduro tomam as ruas na Venezuela
Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

Bolsonaro participou nesta quarta-feira em Davos de uma reunião com os presidentes da Colômbia, Equador e Costa Rica, além de chanceleres do Canadá e outros países.

Instantes depois de dar as declarações ao Estado, diante da imprensa internacional, ele confirmou a decisão do governo brasileiro. "O Brasil reconhece Guaidó como presidente da Venezuela. O Brasil, juntamente com os demais países do Grupo de Lima, que estão reconhecendo um a um esse fato, daremos todo o apoio politico necessário para que esse processo siga seu destino", disse.

Ao deixar o encontro em Davos dedicado à crise venezuelana, membros da oposição de Caracas não continham as lágrimas diante dos anúncios dos diferentes governos da região. "Vamos dar todo o apoio para que a transição possa ocorrer", completou Iván Duque, presidente da Colômbia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Guaidó como presidente de facto do país e convocou líderes latino-americanos a fazerem o mesmo. Trump elogiou também as manifestações desta quarta-feira na Venezuela.

Horas depois, Maduro anunciou a ruptura das relações diplomáticas entre Venezuela e EUA e deu um prazo de 72 horas para os diplomatas americanos deixarem o país.

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