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Eleição da Catalunha deve resultar em Parlamento sem maioria, dizem pesquisas

15 dez 2017 - 12h39
(atualizado às 13h03)
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A eleição da Catalunha não resolverá de forma conclusiva a crise política desencadeada por um referendo de independência na região, mostraram nesta sexta-feira as últimas pesquisas antes da votação de 21 de dezembro.

Manifestante segura bandeira separatista da Catalunha durante protesto em Barcelona, Espanha 19/10/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Manifestante segura bandeira separatista da Catalunha durante protesto em Barcelona, Espanha 19/10/2017 REUTERS/Ivan Alvarado
Foto: Reuters

A eleição resultará em um Parlamento sem maioria, revelou uma sondagem da empresa Metroscopia, já que os partidos que defendem a união com a Espanha devem obter um máximo de 62 cadeiras e as facções separatistas outras 63 --ambas aquém da maioria na legislatura de 135 assentos.

A pior crise política espanhola desde a transição do país para a democracia, ocorrida quatro décadas atrás, irrompeu em outubro, quando Madri rejeitou o referendo, que declarou ilegal, e assumiu o controle da rica região do nordeste do país.

O impasse dividiu a sociedade, induziu um êxodo de empresas e prejudicou as perspectivas econômicas promissoras da Espanha --nesta sexta-feira o banco central culpou os eventos na Catalunha por um corte em suas previsões de crescimento para 2018 e 2019.

Tanto a pesquisa da Metroscopia, publicada no jornal El País, quanto uma segunda divulgada no jornal La Razón previram um comparecimento recorde no pleito catalão, mas a votação pode desencadear semanas de disputas entre partidos diferentes na tentativa de se formar um governo.

O ex-líder catalão Carles Puigdemont está fazendo campanha de Bruxelas, para onde se transferiu pouco depois de ser demitido por Madri na esteira de uma declaração unilateral de independência para a região.

Das últimas sondagens permitidas antes da eleição, divulgadas nesta sexta-feira, a do El País, que consultou 3.300 pessoas na Catalunha entre 4 e 13 de dezembro, mostrou que o partido de Puigdemont deve conquistar 22 cadeiras.

O partido unionista Ciudadanos, que vem apoiando o governo central minoritário do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, e seu Partido Popular (PP) em votações parlamentares, obterá a maioria das vagas, seguido de perto pelo pró-secessão ERC.

Mas diante da previsão de um máximo de 36 assentos para o Ciudadanos e de 33 para o ERC, as duas siglas ficarão distantes dos 68 assentos necessários para ter uma maioria.

Com isso a filial regional Podemos, partido de esquerda que apoia a união, mas quer um referendo de independência, pode se transformar em um fiel da balança em potencial.

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