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Distúrbios no Mundo Árabe

Rússia considera legítima vitória de Assad; oposição critica

Bashar al-Assad foi reeleito, com 88,7% dos votos, para mais um mandato de sete anos

5 jun 2014 - 11h57
(atualizado às 11h59)
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<p>Soldados sírios celebram a reeleição de Bashar al-Assad, em Damasco, na Síria, na quarta-feira, 4 de junho</p>
Soldados sírios celebram a reeleição de Bashar al-Assad, em Damasco, na Síria, na quarta-feira, 4 de junho
Foto: AP

A Rússia considera que os sírios optaram pelo futuro, ao reeleger o presidente Bashar al-Assad, e afirmou que as eleições realizadas no país são legítimas.

"Não se pode ignorar a opinião de milhões de sírios, que foram às urnas, apesar da ameaça terrorista, e escolherem a opção de um futuro para o país", declarou o porta-voz da chancelaria, Alexandre Lukashevich.

"Não há motivo para duvidar da legitimidade desta eleição", acrescentou o porta-voz.

Lukashevich disse ainda que a Rússia vai cooperar com o futuro governo sírio e afirmou que o gabinete deveria contar com membros da oposição moderada.

Oposição considera reeleição "ilegítima"

A principal coalizão de oposição na Síria chamou de "ilegítima" a eleição do presidente Bashar al-Assad e afirmou que a revolta popular continuará contra o regime.

Assad foi declarado vencedor das presidenciais celebradas em áreas controladas pelo regime com 88,7% dos votos.

"A coalizão nacional síria afirma que a eleição é ilegítima e não representa o povo sírio. O povo continuará com a revolução até que sejam cumpridos os objetivos a favor da liberdade, da justiça e da democracia", afirma em um comunicado.

Assad foi reeleito para um mandato de sete anos com 88,7% dos votos, segundo anunciou nesta quarta-feira o presidente do parlamento, em uma eleição classificada de "farsa" pela oposição e pelos países ocidentais.

Os outros dois candidatos, Hassan al Nuri e Maher al Hajar, dois desconhecidos, obtiveram, respectivamente, 4,3% e 3,2% dos votos.

Esta vitória, anunciada antes do previsto pelo presidente do Parlamento, Mohamad al Laham, certamente estimulará Assad a intensificar seu combate contra a rebelião, após três anos de guerra civil.

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Foto: Terra

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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