Mundo deixa crianças morrerem nas ruas da Síria, diz oposição
O Conselho Nacional Sírio, o principal órgão de oposição do país, divulgou nesta quarta-feira em sua conta no Twitter a imagem de dois irmãos abraçados no chão em uma cidade síria - não identificada - para protestar contra a falta interferência estrangeira na guerra do país, que em dois anos e meio já provocou a morte de mais de 120 mil pessoas.
"O mundo está ok com deixar esses dois irmãos morrerem sozinhos e cuidarem de si mesmos nas ruas da Síria", diz a postagem que traz a foto das crianças deitadas sem explicitar qual o estado de saúde delas.
The world is okay to let these two brothers die alone and fend for themselves on the streets of Syria. pic.twitter.com/5jwI4OPRAS
— Syrian Coalition (@SyrCoalition) November 6, 2013
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), das mais de 120 mil pessoas que morreram no conflito do país, mais de 6,3 mil são crianças. A organização Children of Syria informa que 3,1 milhões de crianças vivem em situação crítica no país, sofrendo com problemas que variam de fome, deslocamento, doenças e vivendo em meio ao fogo cruzado. Além disso, 1,1 milhão de crianças sírios vivem como refugiadas no Líbano, Jordânia, Iraque, Turquia, Egito e outros países do norte da África.
Massacres e ataques que resultam em mortes de criança frequentemente são divulgados nas redes sociais. Em um dos casos mais recentes, na segunda-feira um vídeo postado no Youtube mostra moradores da cidade de Douma cavando em meios aos destroços após um ataque aéreo matar duas crianças, que, segundo ativistas, eram as irmãs Esraa e Shahd al-Darra, 10 e 8 anos, respectivamente.
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