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Discurso de Biden na ONU enfatizará foco dos EUA em "diplomacia intensiva"

20 set 2021 - 15h35
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, usará seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) na terça-feira para enfatizar que ter encerrado o envolvimento militar dos EUA no Afeganistão inaugurará um novo capítulo de "diplomacia intensiva", disse uma autoridade de alto escalão do governo.

Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca
20/09/2021
REUTERS/Elizabeth Frantz
Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca 20/09/2021 REUTERS/Elizabeth Frantz
Foto: Reuters

Biden deve viajar para Nova York nesta segunda-feira e iniciar uma semana que será dominada pela política externa, em meio a dúvidas sobre a maneira como ele manejou a retirada de tropas norte-americana do Afeganistão e um acordo de submarinos com a Austrália, que revoltou a França.

Ele se encontrará com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e se reunirá com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, ainda em Nova York, e depois voltará a Washington para se reunir com o premiê britânico, Boris Johnson, além do primeiro discurso como presidente à Assembleia Geral da ONU.

A autoridade graduada disse a repórteres que Biden quer conversar por telefone com o presidente francês, Emmanuel Macron, para debater a revolta do colega com um acordo firmado por EUA, Austrália e Reino Unido na semana passada por meio do qual os Estados Unidos fornecerão tecnologia avançada de submarinos de propulsão nuclear aos australianos.

O pacto visa ajudar a Austrália a se contrapor à influência crescente da China na região do Indo-Pacífico, mas minou um acordo francês para fornecer a Camberra uma dúzia de submarinos movidos a diesel. A França se queixou por sentir que o acordo foi uma facada nas costas.

Biden entende a posição francesa, mas discorda dela, disse o funcionário. Autoridades dos EUA dizem que a Austrália deseja a tecnologia norte-americana.

O discurso dá a Biden sua maior oportunidade até o momento de falar sobre a direção da política externa de seu país na esteira de críticas em casa e no exterior segundo as quais a saída dos militares dos EUA do Afeganistão em agosto foi caótica e mal planejada, deixando para trás alguns cidadãos norte-americanos e aliados afegãos que poderiam sofrer represálias do Taliban, agora no poder.

O funcionário disse que a retirada permite que os EUA se concentrem em outras prioridades.

"O presidente, essencialmente, reforçará a mensagem de que encerrar a guerra no Afeganistão encerrou um capítulo concentrado na guerra e inaugura um capítulo concentrado... na diplomacia americana objetiva, efetiva e intensiva", disse o funcionário.

Biden também intensificará os compromissos dos EUA em relação à mudança climática e a doações de vacinas contra Covid-19, disse o funcionário, sem dar detalhes.

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