Diretora Melina Matsoukas diz que "Queen & Slim" conta história necessária sobre negros
A diretora Melina Matsoukas disse que trocar o comando de videoclipes musiciais de Beyoncé para a direção de "Queen & Slim" na telona lhe deu a chance de contar o que chama de uma história "necessária" sobre "pessoas negras, meu povo".
Matsoukas compareceu ao tapete vermelho para a première de sua estreia como diretora em Londres, poucos dias antes dos prêmios Bafta, a principal premiação do cinema do Reino Unido, que foi criticada por alguns por sua falta de diversidade.
Os indicados ao Bafta nas categorias de atuação são todos brancos --o que provocou reação nas mídias sociais como #BaftasSoWhite--, e o público que busca mais diversidade a encontrará em "Queen & Slim".
O drama de Matsoukas é sobre um casal negro cujo encontro pelo Tinder termina com a dupla em fuga depois que eles matam um policial branco em legítima defesa.
"Quando li o roteiro, era tudo o que eu buscava em um filme -- era político, tinha algo a dizer, parecia realmente necessário e divertido", disse Matsoukas à Reuters na pré-estreia do filme em Londres.
"Ele também representou uma comunidade de pessoas - negros, meu povo - que nem sempre vemos na tela e eu realmente queria contar nossas histórias para nossas lentes, sem filtro, e conseguimos fazer isso."
Os atores Daniel Kaluuya e Jodie Turner-Smith se juntaram a Matsoukas no tapete vermelho para comemorar antes do lançamento do filme no Reino Unido em 31 de janeiro.
O filme começa com os personagens Slim e Queen, de Kaluuya e Turner-Smith, em um encontro estranho que parece não estar indo a lugar algum.
Dirigindo para casa por uma rua deserta de Cleveland após o jantar, eles são parados por um policial branco e se envolvem em uma briga que resulta em Queen baleada na perna, e Slim mata o policial em legítima defesa.