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De volta a Londres, May enfrenta árdua tarefa de mudar opinião de Parlamento sobre Brexit

22 mar 2019 - 19h51
(atualizado às 20h12)
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, deu início nesta sexta-feira à árdua tarefa de convencer um Parlamento bastante dividido a apoiar seu acordo para o Brexit, após uma cúpula da União Europeia conceder uma prorrogação, mas pouca ajuda para mudar opiniões no Reino Unido.

Primeira-ministra britânica, Theresa May. 22/3/2019. REUTERS/Henry Nicholls
Primeira-ministra britânica, Theresa May. 22/3/2019. REUTERS/Henry Nicholls
Foto: Reuters

Após um dia conturbado em Bruxelas, May obteve uma extensão de duas semanas para conseguir que o acordo que ela negociou em novembro seja aprovado pelo Parlamento na terceira tentativa, ou enfrentar uma saída potencialmente caótica da União Europeia, que pode acontecer já em 12 de abril.

Líderes da UE foram claros ao dizer que agora cabe ao Parlamento britânico decidir o futuro do Brexit --deixar o bloco com um acordo em alguns meses, deixar sem um acordo, elaborar um novo plano ou possivelmente permanecer na União Europeia.

Embora o prazo do Brexit não seja mais o dia 29 de março, o Parlamento não parece disposto a ceder.

Na verdade, irritados por comentários de May na noite de quarta-feira que colocaram a culpa do caos do Brexit neles, muitos parlamentares intensificaram a resistência ao acordo que a premiê deve apresentar novamente na próxima semana.

Num apelo a parlamentares, May disse em Bruxelas: "Na noite passada eu expressei minha frustração. Eu sei que os membros do Parlamento também estão frustrados. Eles têm trabalhos difíceis a fazer. Espero que todos possamos concordar que estamos agora no momento da decisão".

May precisa mudar a opinião de mais 75 parlamentares para conseguir a aprovação de seu acordo, depois que os termos foram esmagadoramente rejeitados em duas votações anteriores.

Em carta a parlamentares nesta sexta, May sugeriu que pode não realizar uma terceira votação sobre o acordo se estiver claro que ele não será aprovado.

"Se parecer que não há apoio suficiente para apresentar o acordo novamente na próxima semana, ou se a Câmara rejeitá-lo novamente, nós podemos pedir outra extensão antes de 12 de abril", escreveu a premiê na carta.

Caso o Parlamento apoie o acordo de retirada, a data de saída de 22 de maio entrará em vigor. Caso contrário, o Reino Unido terá até o dia 12 de abril para apresentar um novo plano, ou decidir deixar a União Europeia sem um acordo.

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