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Coronavírus destaca riscos de contágio no Japão a 6 meses dos Jogos Olímpicos

23 jan 2020 - 11h26
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Um surto de um novo vírus na China despertou temores de uma pandemia global, forçando o Japão a enfrentar a possibilidade de contágio enquanto se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de 2020 a partir de 24 de julho.

Funcionário com máscara de proteção observa monitores térmicos em estação de trem de Wuhan, na China
21/01/2020
China Daily via REUTERS
Funcionário com máscara de proteção observa monitores térmicos em estação de trem de Wuhan, na China 21/01/2020 China Daily via REUTERS
Foto: Reuters

A doença que matou 17 pessoas e infectou quase 600 já afetou eventos na China relacionados à Olimpíada, com o cancelamento de lutas de boxe marcadas para a cidade de Wuhan, vista como o epicentro do surto, e mudança das eliminatórias do futebol feminino para Nanjing.

Embora o Japão tenha apenas um caso do novo vírus, o surto destaca o risco de contágio, dados os milhões de visitantes esperados para os Jogos.

"Temos que ter muito cuidado com o tipo de doenças infecciosas que aparecerão na Olimpíada de Tóquio", disse Kazuhiro Tateda, presidente da Associação Japonesa de Doenças Infecciosas, em entrevista na quarta-feira.

"Nesses tipos de reuniões de massa, aumentam os riscos de doenças infecciosas e bactérias resistentes."

Os organizadores dos Jogos disseram estar trabalhando com as autoridades.

"Medidas contra doenças infecciosas constituem uma parte importante de nossos planos para sediar Jogos seguros e protegidos", afirmou a Tóquio 2020 em comunicado.

Não é a primeira vez que temores de doenças rondam os preparativos olímpicos. Em 2016, o Zika vírus levou alguns especialistas em saúde a pedir o adiamento ou a realocação dos Jogos do Rio de Janeiro, que no fim aconteceram como programado.

O Japão elevou na quinta-feira seu nível consultivo de doenças infecciosas para Wuhan, orientando os cidadãos a evitar viagens não urgentes.

VACINAÇÃO

Até recentemente, as autoridades de saúde japonesas estavam mais preocupadas com o reforço das vacinas de rotina antes da chegada de visitantes estrangeiros no verão. Uma política fragmentada nas últimas décadas deixou grandes porções da população japonesa desprotegidas contra doenças comuns.

Surtos de rubéola, que podem causar defeitos congênitos, levaram autoridades a alertar as mulheres grávidas sobre a viagem ao Japão em 2018. Antes da Olimpíada, o Ministério da Saúde está realizando vacinas em homens de meia idade que ficaram de fora da vacinação para rubéola nas décadas de 1970 e 1980. O Japão também não tem vacinação obrigatória para caxumba.

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