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Coreia do Sul prende dois homens por câmeras que transmitiam ao vivo 1.600 hóspedes de motel

21 mar 2019 - 11h21
(atualizado às 12h27)
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A polícia sul-coreana prendeu dois homens por espionarem 1.600 hóspedes de motéis utilizando câmeras ilegais que filmavam e transmitiam as imagens ao vivo, o que rendeu cerca de 6,2 mil dólares nos últimos três meses, disse a polícia nesta quarta-feira.

Câmera oculta utilizada para espionagem é exibida em museu dos Estados Unidos
10/07/2013
REUTERS/Ina Fassbender
Câmera oculta utilizada para espionagem é exibida em museu dos Estados Unidos 10/07/2013 REUTERS/Ina Fassbender
Foto: Reuters

As filmagens ilícitas aumentaram com o uso crescente de dispositivos móveis e a indústria de música pop da Coreia do Sul está se recuperando de um escândalo envolvendo o cantor e personalidade de TV Jung Joon-young, acusado de compartilhar vídeos que ele fez secretamente durante o sexo.

A polícia informou que os homens e outras duas pessoas se apresentaram como clientes para instalar secretamente as câmeras, compradas pela internet no exterior, em 42 quartos de 30 lugares do país desde agosto do ano passado.

As imagens das câmeras, escondidas em caixas de televisão, tomadas e secadores de cabelo, foram transmitidas ao vivo em um site, acrescentou a polícia.

"Foi o primeiro caso que pegamos em que os vídeos foram transmitidos ao vivo pela internet", disse a polícia em um comunicado.

Mais de 6.600 casos de filmagem ilícita foram reportados à polícia no ano passado, ou cerca de um quinto de todos os casos de abuso sexual investigados, acima dos 3,6 por cento em 2008, disseram os promotores.

Em 2018, milhares de mulheres tomaram as ruas de Seul, a capital sul-coreana, para protestar contra o abuso e outras violências sexuais, e exigiram uma punição mais rigorosa.

A lei foi alterada em novembro passado para endurecer as penas não apenas para filmagens ilegais, mas também para a distribuição de imagens sem o consentimento, o que poderia trazer penas de prisão de até cinco anos ou multas de até 26.527 mil dólares.

O escândalo do K-pop também envolveu Lee Seung-hyun, um membro da boy band BIGBANG, que é mais conhecido por seu nome artístico, Seungri. O jovem de 28 anos é suspeito de pagar prostitutas para empresários estrangeiros a fim de arrecadar investimentos em seus negócios.

Seungri negou irregularidades.

Na quinta-feira, um tribunal de Seul revisou um mandado de prisão para Jung. Em comunicado, ele admitiu todas as acusações.

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