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Conversas entre China e EUA em Pequim ganham tom otimista, mas riscos permanecem

6 jun 2023 - 09h26
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Reuniões entre autoridades norte-americanas e chinesas na China nesta semana transcorreram em tom otimista, com ambos os lados concordando em manter as linhas de comunicação, mesmo que Pequim permaneça desconfiada de movimentos mais "provocativos" dos Estados Unidos e confrontos abertos ainda sejam um risco.

As declarações de Washington e Pequim sobre as reuniões entre Daniel Kritenbrink, secretário de Estado adjunto para Assuntos do Leste Asiático e Pacífico, e autoridades chinesas, incluindo o vice-ministro das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, foram positivas, descrevendo as conversas como francas e produtivas.

Pouco antes de Kritenbrink chegar a Pequim no domingo, a Marinha dos EUA relatou uma "interação insegura" no sábado, quando um navio de guerra chinês cruzou na frente de um contratorpedeiro norte-americano no sensível Estreito de Taiwan, aumentando a perspectiva de confrontos futuros.

A visita de Kritenbrink também se seguiu ao aparente desprezo da China na semana passada pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que tentou uma reunião formal com seu colega chinês, mas teve o convite rejeitado.

"Os dois lados conduziram uma comunicação franca, construtiva e frutífera para promover a melhoria das relações sino-americanas e administrar e controlar adequadamente as diferenças", disse o Ministério das Relações Exteriores da China em um comunicado nesta terça-feira sobre as reuniões de Kritenbrink.

Ambos os lados também concordaram em continuar a se comunicar, de acordo com o comunicado.

"Os dois lados tiveram discussões francas e produtivas como parte dos esforços contínuos para manter as linhas de comunicação abertas e desenvolver a recente diplomacia de alto nível entre os dois países", disse o Departamento de Estado dos EUA na segunda-feira.

O governo do presidente Joe Biden tem pressionado para aumentar o envolvimento com a China, à medida que os laços entre as duas maiores economias do mundo se deterioraram devido a questões que vão desde Taiwan, que a China reivindica como sua, até atividades militares no Mar do Sul da China.

Mas os críticos questionam as aberturas dos EUA para a China, argumentando que as últimas décadas de engajamento não conseguiram mudar o comportamento de Pequim.

As recentes interações entre China e Estados Unidos mostraram que ambos os lados estão tentando administrar as disputas, mas o risco de confrontos ainda aumentará se Washington não cessar suas provocações e se não mostrar sinceridade em melhorar as relações, disse o jornal chinês nacionalista Global Times na noite de segunda-feira.

"Estamos trabalhando duro para administrar o relacionamento da melhor maneira possível", disse Kritenbrink, quando questionado por repórteres em Pequim nesta terça-feira sobre o estado atual dos laços bilaterais.

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