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Como Vaticano evitou encontros geopolíticos constrangedores em funeral de papa Francisco

Com a presença de autoridades de cerca de 50 chefes de Estado, Santa Sé recorreu a protocolo para evitar 'climões'

26 abr 2025 - 08h46
(atualizado às 10h31)
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Resumo
O Vaticano utilizou a ordem alfabética em francês para organizar assentos no funeral do Papa Francisco, evitando constrangimentos diplomáticos entre líderes de países hostis, com exceções para Argentina e Itália em posições privilegiadas.
Presidentes, primeiras-damas, reis e rainhas compareceram ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 26 de abril de 2025 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
Presidentes, primeiras-damas, reis e rainhas compareceram ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 26 de abril de 2025 na Cidade do Vaticano, Vaticano.
Foto: Dan Kitwood/Getty Images

Mesmo em meio às tensões geopolíticas aprofundadas pelas guerras e pelas disputas tarifárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Vaticano reuniu diversas autoridades mundiais na manhã deste sábado, 26, durante o funeral do papa Francisco.

No total, 50 chefes de Estado, 160 delegações estrangeiras e uma dezena de membros da realeza compareceram ao funeral, entre eles o príncipe William, do Reino Unido; os reis da Espanha e da Bélgica; além do príncipe Albert de Mônaco e sua esposa, Charlène.

Mas a presença de países hostis entre si exigiu cautela da organização para evitar encontros geopolíticos constrangedores. Entre os convidados estavam um ministro russo e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; um ministro do Irã e um embaixador de Israel; o presidente Trump e seu antecessor, Joe Biden, além dos líderes de países que Trump atingiu com seu pacote de tarifas.

Donald Trump e Melania Trump
Donald Trump e Melania Trump
Foto: Michael Kappeler/picture alliance / Getty Images

Para amenizar a situação, o Vaticano recorreu ao protocolo e ofereceu uma solução simples: seguir a ordem alfabética. Os assentos foram distribuídos respeitando a ordem alfabética dos países em francês, a língua oficial da diplomacia internacional. As autoridades foram agrupadas em categorias (monarcas, chefes de Estado, chefes de governo, ministros) e dispostas de acordo com essa lista oficial.

Apenas duas exceções foram abertas: os representantes da Argentina, terra natal do papa Francisco, e da Itália, país-sede do Vaticano, que receberam lugares de honra, mais próximos ao altar. 

Javier Milei (segundo da direita para a esquerda), presidente da Argentina, participa da missa de corpo presente do falecido Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Javier Milei (segundo da direita para a esquerda), presidente da Argentina, participa da missa de corpo presente do falecido Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance via Getty Images

Encontros inevitáveis

Mesmo com a estratégia diplomática, alguns encontros constrangedores eram inevitáveis. Donald Trump, por exemplo, ficou posicionado entre os representantes da Estônia e da Finlândia — dois países historicamente atentos às movimentações russas e críticos em relação a Moscou.

Na mesma fileira, a poucos lugares de distância, estavam o presidente francês Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte Macron. Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ficou a apenas 10 assentos e um corredor de Trump, após terem tido uma "conversa produtiva" antes do funeral, segundo a Casa Branca.

E, mesmo ocupando a mesma fileira que Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, Janja, informou não ter se encontrado com o líder norte-americano.  

Mais atrás, quatro fileiras distantes da primeira linha de autoridades, o ex-presidente Joe Biden e a ex-primeira-dama Jill Biden acompanhavam a cerimônia. O príncipe William, representando o Reino Unido, foi acomodado ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz.

Fonte: Redação Terra
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