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Como Vaticano evitou encontros geopolíticos constrangedores em funeral de papa Francisco

Com a presença de autoridades de cerca de 50 chefes de Estado, Santa Sé recorreu a protocolo para evitar 'climões'

26 abr 2025 - 08h46
(atualizado às 10h31)
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Resumo
O Vaticano utilizou a ordem alfabética em francês para organizar assentos no funeral do Papa Francisco, evitando constrangimentos diplomáticos entre líderes de países hostis, com exceções para Argentina e Itália em posições privilegiadas.
O presidente do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, o presidente dos EUA, Donald Trump, a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, o presidente da Estônia, Alar Karis, o rei Felipe VI da Espanha, a rainha Letizia da Espanha, o presidente do Equador, Daniel Noboa, comparecem ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 26 de abril de 2025 na Cidade do Vaticano, Vaticano. O Papa Francisco morreu em 21 de abril aos 88 anos. Nascido na Argentina como Jorge Mario Bergoglio, ele foi o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a se tornar Papa quando eleito em 2013. Adotando o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, ele promoveu uma versão mais humilde do papado do que muitos de seus antecessores. Ele será enterrado fora do Vaticano em um caixão de madeira simples na Basílica de Santa Maria Maggiore.
O presidente do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, o presidente francês, Emmanuel Macron, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, o presidente dos EUA, Donald Trump, a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, o presidente da Estônia, Alar Karis, o rei Felipe VI da Espanha, a rainha Letizia da Espanha, o presidente do Equador, Daniel Noboa, comparecem ao funeral do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 26 de abril de 2025 na Cidade do Vaticano, Vaticano. O Papa Francisco morreu em 21 de abril aos 88 anos. Nascido na Argentina como Jorge Mario Bergoglio, ele foi o primeiro latino-americano e o primeiro jesuíta a se tornar Papa quando eleito em 2013. Adotando o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis, ele promoveu uma versão mais humilde do papado do que muitos de seus antecessores. Ele será enterrado fora do Vaticano em um caixão de madeira simples na Basílica de Santa Maria Maggiore.
Foto: Dan Kitwood/Getty Images

Mesmo em meio às tensões geopolíticas aprofundadas pelas guerras e pelas disputas tarifárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o Vaticano reuniu diversas autoridades mundiais na manhã deste sábado, 26, durante o funeral do papa Francisco.

No total, 50 chefes de Estado, 160 delegações estrangeiras e uma dezena de membros da realeza compareceram ao funeral, entre eles o príncipe William, do Reino Unido; os reis da Espanha e da Bélgica; além do príncipe Albert de Mônaco e sua esposa, Charlène.

Mas a presença de países hostis entre si exigiu cautela da organização para evitar encontros geopolíticos constrangedores. Entre os convidados estavam um ministro russo e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; um ministro do Irã e um embaixador de Israel; o presidente Trump e seu antecessor, Joe Biden, além dos líderes de países que Trump atingiu com seu pacote de tarifas.

Donald Trump e Melania Trump
Donald Trump e Melania Trump
Foto: Michael Kappeler/picture alliance / Getty Images

Para amenizar a situação, o Vaticano recorreu ao protocolo e ofereceu uma solução simples: seguir a ordem alfabética. Os assentos foram distribuídos respeitando a ordem alfabética dos países em francês, a língua oficial da diplomacia internacional. As autoridades foram agrupadas em categorias (monarcas, chefes de Estado, chefes de governo, ministros) e dispostas de acordo com essa lista oficial.

Apenas duas exceções foram abertas: os representantes da Argentina, terra natal do papa Francisco, e da Itália, país-sede do Vaticano, que receberam lugares de honra, mais próximos ao altar. 

Javier Milei (segundo da direita para a esquerda), presidente da Argentina, participa da missa de corpo presente do falecido Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Javier Milei (segundo da direita para a esquerda), presidente da Argentina, participa da missa de corpo presente do falecido Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance via Getty Images

Encontros inevitáveis

Mesmo com a estratégia diplomática, alguns encontros constrangedores eram inevitáveis. Donald Trump, por exemplo, ficou posicionado entre os representantes da Estônia e da Finlândia — dois países historicamente atentos às movimentações russas e críticos em relação a Moscou.

Na mesma fileira, a poucos lugares de distância, estavam o presidente francês Emmanuel Macron e a primeira-dama Brigitte Macron. Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ficou a apenas 10 assentos e um corredor de Trump, após terem tido uma "conversa produtiva" antes do funeral, segundo a Casa Branca.

E, mesmo ocupando a mesma fileira que Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da primeira-dama, Janja, informou não ter se encontrado com o líder norte-americano.  

Mais atrás, quatro fileiras distantes da primeira linha de autoridades, o ex-presidente Joe Biden e a ex-primeira-dama Jill Biden acompanhavam a cerimônia. O príncipe William, representando o Reino Unido, foi acomodado ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz.

Fonte: Redação Terra
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