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"Coletes amarelos" marcham sem violência na França, tensões se acalmam

2 mar 2019 - 17h32
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O comparecimento para a 16ª rodada de protestos na França neste sábado ficou abaixo dos níveis da semana passada e as passeatas foram em grande parte pacíficas, em um alívio para o presidente Emmanuel Macron, que tem lutado para encontrar uma resposta ao movimento.

Enquanto no meio do dia os números de comparecimento eram apenas metade dos registrados na semana passada, ao anoitecer o Ministério do Interior contava um total de 39.300 manifestantes em todo o país, dos quais 4.000 em Paris.

No sábado passado foram 46.600 manifestantes, incluindo 5.800 em Paris, em comparação com 41.000 e 51.400 nas semanas imediatamente anteriores - bem abaixo dos mais de 300.000 que marcharam no início do movimento, em novembro, em um protesto que terminou em confrontos com a polícia nas semanas subsequentes.

Os manifestantes marcharam pacificamente neste sábado do Arco do Triunfo até a praça Denfert-Rochereau, embora canhões de água tenham sido usados por alguns instantes contra manifestantes na avenida Champs Elysees.

Gás lacrimogêneo e canhões de água também foram usados em Bordeaux e em Toulouse, onde alguns manifestantes marcharam atrás de uma faixa anunciando bombas de excrementos.

Não houve relato de alguém sendo atingido por essas bombas.

Grandes partes do centro de Paris estavam fechadas conforme milhares de policiais cercavam as principais áreas ao redor do palácio presidencial e dos prédios do governo.

"Parem com essa violência ... o lugar para expressar sua visão de forma democrática é nos debates", disse o ministro do Trabalho, Muriel Penicaud, à TV LCI, referindo-se aos debates organizados pelo governo em todo o país.

A relativa falta de violência nas últimas marchas tem sido um impulso para o governo centrista de Macron, que tem lutado para responder a um movimento difuso e em grande parte sem liderança, que começou como um protesto contra os altos preços dos combustíveis, mas se transformou em um amplo protesto contra o governo.

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