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Mundo

China rebate suspeitas e diz apoiar inquérito sobre pandemia

Investigação, no entanto, deve ocorrer apenas após a crise

18 mai 2020 - 09h21
(atualizado às 09h30)
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O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta segunda-feira (18), durante a 73ª assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a investigação sobre a origem do novo coronavírus deve acontecer apenas quando a pandemia estiver controlada.

Mural na Rússia ironiza os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China)
Mural na Rússia ironiza os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China)
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Pressionado por uma resolução apoiada por mais de 100 países e que pede um inquérito independente, Xi fez um discurso em vídeo a convite do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, na primeira assembleia virtual da história da entidade.

"Será necessária uma investigação exaustiva sobre a Covid-19, baseada na ciência e executada com profissionalismo, mas apenas quando a emergência estiver sob controle", disse o presidente da China, que é acusada de ter omitido informações sobre o novo coronavírus no início da pandemia.

A resolução que pede um inquérito independente é patrocinada pela União Europeia e também conta com apoio de países como Canadá, Índia, Indonésia, Japão e Rússia. "A China agiu com transparência e rapidez, fornecendo todas as informações em tempo hábil e ajudando com todos os meios os países que precisavam", salientou Xi.

Já o diretor da OMS garantiu que haverá uma investigação, mas apenas no "momento oportuno". O presidente chinês também anunciou uma doação de US$ 2 bilhões à entidade para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. Na mesma assembleia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou, sem citar nomes, que alguns países "ignoraram as indicações da OMS" para o combate à pandemia.

"Como resultado, o vírus se espalhou ao redor do mundo", declarou Guterres, acrescentando que o Sars-CoV-2 está agora se disseminando no hemisfério sul, onde os impactos podem ser "ainda mais devastadores".

Ansa - Brasil   
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