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Chanceler de Cuba rebate Bolsonaro e cita corrupção

Ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre os protestos que ocorreram em Cuba no domingo

13 jul 2021 - 12h30
(atualizado às 12h31)
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O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre os protestos que ocorreram em Cuba, no domingo, 11. Segundo o chanceler, Bolsonaro "deveria estar atento aos atos de corrupção que o envolvem e não desviá-los, olhando Cuba com superficialidade".

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
29/06/2021 REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 29/06/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Em publicação no Twitter, o ministro cubano repudiou as falas de Bolsonaro e criticou a gestão do chefe do Executivo brasileiro no combate contra a covid-19. "O presidente do Brasil deveria corrigir sua atuação negligente que contribui para o lamentável falecimento de centenas de milhares de brasileiros por covid e (para) aumentar a pobreza", afirmou.

Rodríguez ainda rebateu outras declarações feitas por chefes de Estado sobre os protestos em Cuba, direcionando publicações ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Uruguai, Lacalle Pou.

"A coragem e a liberdade do povo cubano são demonstradas há 6 décadas diante da agressividade dos Estados Unidos e diante das provocações", declarou o chanceler.

Na segunda-feira, 12, Bolsonaro aproveitou os protestos na ilha caribenha para tecer críticas ao socialismo e cobrou direitos essenciais para a população cubana. Segundo Bolsonaro, os protestantes foram às ruas pedir liberdade, mas a resposta das autoridades do país foi "borrachada, pancada e prisão".

Na noite de ontem, no Twitter, Bolsonaro voltou a se posicionar sobre o episódio. "Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista", publicou o chefe do Executivo brasileiro no Twitter.

Em contrapartida a Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), há pouco, minimizou as repercussões sobre as manifestações que ocorreram em Cuba. "O que está acontecendo em Cuba de tão especial pra falarem tanto?!", questionou o petista. Para o ex-presidente, os problemas que acontecem no País são devido às sanções econômicas que os Estados Unidos aplicaram à ilha.

No domingo, milhares de cubanos foram às ruas para protestar contra cortes de energia elétrica e falta de remédios em meio ao período agudo da pandemia do novo coronavírus no país. O governo de reforçou o policiamento nas ruas, enquanto o presidente Miguel Díaz-Canel acusa os cubano-americanos de usar as redes sociais para provocarem as manifestações em várias cidades e vilas.

O movimento vem sendo considerado uma das maiores demonstrações de sentimento antigoverno visto desde 1994, quando milhares de cubanos saíram às ruas de Havana para protestar contra as políticas do governo. O episódio ficou conhecido como "maleconazo", porque centenas de cubanos invadiram o Malecón, calçadão à beira-mar em Havana, gritando "Liberdade".

Estadão
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