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Câmara dos EUA aprova lei de cidadania para 'dreamers'

Medida deve encontrar resistência no Senado americano

19 mar 2021 - 13h05
(atualizado às 13h14)
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A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (18) duas leis de imigração que garantem status legal para milhões de estrangeiros sem documentos.

'Dreamers' são filhos de imigrantes que chegaram nos EUA ainda crianças, passaram a vida inteira no país, mas não têm documentos
'Dreamers' são filhos de imigrantes que chegaram nos EUA ainda crianças, passaram a vida inteira no país, mas não têm documentos
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Os textos - ambos têm o apoio da Casa Branca - seguem agora para o Senado, onde a maioria do Partido Democrata é mínima. Um deles, aprovado por 228 votos a 197, oferece um caminho para pessoas que chegaram aos EUA ainda crianças, mas não têm documentos (os chamados "dreamers"), obterem cidadania americana.

Já o segundo formaliza o status legal de imigrantes que trabalham em lavouras e oferece a eles uma oportunidade de obter a cidadania. Essa lei, aprovada na Câmara por 247 votos a 174, permite que esses trabalhadores agrícolas e suas famílias vivam legalmente nos EUA por meio de empregos contínuos.

O presidente Joe Biden afirmou que a aprovação é o "primeiro passo para reformar o sistema de imigração" dos Estados Unidos. No Senado, no entanto, os textos devem encontrar mais resistência da oposição republicana, que tem uma bancada grande o suficiente para obstruir a tramitação.

Para evitar isso, os projetos precisam angariar o apoio de pelo menos 10 senadores republicanos, mas um acordo bipartidário é improvável neste momento. "Essas duas leis vão garantir anistia para milhões de pessoas que já estão em nosso país ilegalmente", criticou a congressista conservadora Liz Cheney.

Já o democrata Raul Ruiz afirmou que os textos precisam ser aprovados "durante a pandemia". "Os 'dreamers' são médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório, rastreadores de contatos e criadores de empregos. Os trabalhadores rurais estão sendo infectados e morrendo de Covid em taxas muito mais altas que a população geral. Eles estão, literalmente, morrendo para alimentar você", afirmou.

Ansa - Brasil   
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