Ativistas invadem Big Brother Israel e pedem cessar-fogo em Gaza; assista
Invasão ao programa ocorreu no último sábado, 9; imagens viralizaram nas redes sociais
Ativistas do movimento Standing Together invadiram o reality Big Brother Israel para protestar contra a guerra em Gaza, pedindo cessar-fogo, enquanto bombardeios intensificados na região aumentam a crise humanitária.
Integrantes do maior movimento popular judeu-árabe de Israel, Standing Together, invadiram a transmissão do reality show Big Brother Israel para protestar contra a continuidade da guerra e pedir um cessar-fogo em Gaza.
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A invasão ao programa ocorreu no último sábado, 9, segundo o jornal La Nacion. Os membros do grupo vestiam camisetas com o slogan "Saiam de Gaza". "A guerra em Gaza precisa acabar! A guerra está matando a todos nós!", disse um dos ativistas, conforme o jornal local Haaretz.
"O governo israelense está enviando soldados para a morte! Israel está matando Gaza de fome! Crianças, mulheres e idosos! A nação exige um cessar-fogo!", gritaram os ativistas. Na sequência, eles foram retirados pelos seguranças da emissora.
כן, ראיתם את זה בשידור החי של האח הגדול בערוץ 13 - הפעילות המדהימות של תנועת עומדים ביחד התפרצו לבמה עם חולצות של ״יוצאים מעזה״ ונשאו נאום מול המצלמות נגד המשך המלחמה ונגד הכיבוש של עזה שיהרוג את החטופים, את הפלסטינים בעזה ואת החיילים. המסר שלנו ברור: אין שגרה ואין עסקים כרגיל. pic.twitter.com/kQMIPCYzSR
— עומדים ביחד نقف معًا Standing Together🟣 (@omdimbeyachad) August 9, 2025
Nas redes sociais da Standing Together, eles também compartilharam uma declaração sobre o episódio, e as imagens do momento viralizaram nas redes sociais.
"Sim, vocês viram na transmissão ao vivo do Big Brother no Canal 13. Os incríveis ativistas invadiram o palco e discursaram diante das câmeras contra a continuação da guerra e a ocupação de Gaza, que matará os reféns, os palestinos na Faixa de Gaza e os soldados. Nossa mensagem é clara: não há rotina, não há rotina", escreveram.
Em entrevista ao jornal israelense, Eliah Levin, integrante do movimento, disse que, após serem retirados do palco, algumas pessoas da equipe da TV perguntaram se eles estavam bem, deixaram pegar suas coisas e irem embora. "Estávamos certos de que iriam ficar furiosos", afirmou.
Ela contou ainda que um dos irmãos dos participantes apertou a mão deles e falou: "Parabéns, muito obrigado!' As pessoas estão prontas para esta mensagem".
Israel intensifica bombardeio em Gaza
Áreas a leste da Cidade de Gaza foram alvo nesta segunda-feira, 11, dos bombardeios mais pesados em semanas, segundo relatos de palestinos, poucas horas depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter dito que espera concluir uma nova ofensiva ampliada contra o Hamas "com bastante rapidez".
Um ataque aéreo também matou seis jornalistas, incluindo Anas Al Sharif, correspondente da Al Jazeera, em uma tenda no complexo do Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza --o ataque mais mortal contra jornalistas durante os 22 meses da atual campanha israelense.
Testemunhas disseram que tanques e aviões israelenses bombardearam Sabra, Zeitoun e Shejaia, três subúrbios a leste da Cidade de Gaza, no norte do território. Muitas famílias deixaram suas casas rumo ao oeste.
As Forças Armadas israelenses disseram que suas forças dispararam artilharia contra militantes do Hamas na área. Não havia sinais de forças avançando na Cidade de Gaza como parte da ofensiva israelense recém-aprovada, cujo início não era esperado para as próximas semanas.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde do território informou que mais cinco pessoas morreram de desnutrição e fome em Gaza nas últimas 24 horas. Isso elevou o número de mortes por essas causas para 222, incluindo 101 crianças, desde o início da guerra. Israel afirma ter aumentado a entrada de ajuda e mercadorias em Gaza nas últimas semanas. Autoridades palestinas e da ONU dizem que a ajuda é uma fração do que Gaza precisa.
Os combatentes liderados pelo Hamas desencadearam a guerra em outubro de 2023, quando invadiram Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, de acordo com os registros israelenses. Cerca de 50 reféns ainda estão em Gaza, mas acredita-se que apenas cerca de 20 estejam vivos.
Desde então, mais de 61 mil palestinos foram mortos pela campanha de Israel, conforme as autoridades de saúde de Gaza. A maior parte da população de Gaza foi deslocada várias vezes e seus residentes estão enfrentando uma crise humanitária, com áreas do território reduzidas a escombros. *(Com informações da Reuters).
