PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Mundo

Ataque de drones atinge prédios em centro comercial de Moscou; veja vídeo da explosão

Ministério da Defesa da Rússia culpou a Ucrânia, que ainda não se pronunciou

30 jul 2023 - 10h54
Compartilhar
Exibir comentários
Ataque de drones em Moscou
Ataque de drones em Moscou
Foto: Reuters

A Rússia acusou as forças ucranianas de dispararem pelo menos três drones contra Moscou no domingo, 30, o mais recente de uma onda de ataques dentro da Rússia, demonstrando que poucos lugares estão fora dos limites após 17 meses de guerra.

Um drone foi destruído em Odintsovo, nos arredores de Moscou, disse o Ministério da Defesa, acrescentando que os outros dois atingiram edifícios comerciais na capital após serem interceptados pelas defesas aéreas russas. Não houve feridos, mas o ataque forçou o fechamento temporário de um aeroporto internacional, disse o prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, em um post no Telegram.

O Ministério da Defesa da Rússia disse se tratar de uma "tentativa de ataque terrorista"."Um drone ucraniano foi destruído no ar por sistemas de defesa sobre o território do distrito de Odintsovo, na região de Moscou", disse a fonte. "Dois outros drones foram suprimidos por sistemas eletrônicos e, tendo perdido o controle, caíram no terreno de um complexo de edifícios não residenciais da cidade de Moscou", acrescentou.

A Ucrânia não comentou os ataques dentro da Rússia, buscando manter o sigilo e o elemento surpresa. A Ucrânia também foi acusada de atingir bases aéreas militares no interior da Rússia e instalações de petróleo com ataques de drones.

A agência de notícias estatal russa TASS informou que o Aeroporto Internacional de Vnukovo, que serve a capital, foi "fechado para partidas e chegadas" e os voos foram redirecionados para outras cidades. Em uma hora, as operações aéreas voltaram ao normal.

O ataque dos drones em Moscou foi filmado em alguns locais, e divulgado nas redes sociais.

No início de julho, uma série de ataques de drones interrompeu brevemente as operações de tráfego aéreo no mesmo aeroporto, localizado a sudoeste da cidade.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que esses ataques "não seriam possíveis sem a assistência fornecida ao regime de Kiev pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan".

Os ataques em Moscou, embora tenham se tornado mais frequentes, até o momento não causaram mortes e foram muito menos extensos do que os ataques que as forças russas realizam todas as noites na Ucrânia com mísseis e drones, muitas vezes atingindo alvos civis.

Os primeiros ataques a Moscou ocorreram no início de maio, com explosões de drones no complexo do Kremlin, um ataque que, segundo autoridades dos EUA, foi provavelmente realizado por uma das unidades especiais militares ou de inteligência de Kiev. Em seguida, houve mais ataques no final do mesmo mês em um bairro de luxo de Moscou.

Os ataques abalaram a suposição das pessoas em Moscou, a 800 quilômetros da Ucrânia, de que os combates nunca as atingiriam, e provocaram críticas sobre a administração da guerra pelo presidente russo Vladimir Putin, que cobrou um enorme preço econômico e custou a vida de milhares de soldados.

Em julho, houve pelo menos três ataques de drones em Moscou, alguns dos quais atingiram instalações militares centrais para o esforço de guerra. Não houve vítimas, e a Ucrânia continuou a não comentar sobre eles.

Mas o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, prometeu "retaliação" após duas semanas de bombardeios russos ininterruptos em Odesa, uma cidade no Mar Negro vital para a economia da Ucrânia e de grande importância cultural e histórica.

Ambos os lados prometeram intensificar os ataques ao corredor marítimo. E em um novo sinal de como a Ucrânia está expandindo sua campanha, ela reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques ousados e parece ter disparado mísseis contra a Rússia pela primeira vez desde o início da guerra.

Esses ataques ocorrem enquanto a Ucrânia está intensificando seus esforços no sul do país como parte de sua contraofensiva, usando soldados recém-treinados e novas armas - ambas fornecidas pelos EUA e pela Europa - para ultrapassar os soldados russos que passaram meses construindo uma defesa bem fortificada.

A campanha, que tem sido lenta, também incluiu ataques mais consistentes na Crimeia, usando drones e mísseis para destruir armas, munição e suprimentos de combustível na península, crucial para os esforços de guerra da Rússia e foi anexada ilegalmente em 2014. (*Com informações de NYT E AFP)

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade